Resumo
A linguagem oral existe há cerca de 100 mil anos, é uma aquisição biologicamente especializada e natural, aprendemos a falar sem necessidade de nenhum ensino explícito. Já os sistemas de escrita, produtos da evolução cultural e histórica são recentes na história da humanidade, pois existem há cerca de 5 mil anos e por utilizar códigos gráficos necessitam ser aprendidos explicitamente. Alguns sinais de dificuldade na linguagem podem ser identificados precocemente já no ensino infantil, como vocabulário pobre, uso inadequado de gramática e déficits no processamento fonológico, que inclui habilidades como, consciência fonológica, memória fonológica, nomeação rápida, entre outras (Navas, 2010). Porém, é importante ressaltar que nem todas as crianças que apresentam dificuldades para aprender a ler e escrever podem ser consideradas portadoras de algum distúrbio de leitura e escrita, pois essas podem ser devido à falta de adequação na instrução escolar, razões físicas, culturais, sociais, entre outras. Estudos comprovam que uma vez identificada alguma dificuldade, a intervenção precoce melhora muito o prognóstico de crianças que apresentam desempenho abaixo do esperado em habilidades de leitura e escrita nos primeiros anos de alfabetização (Simmons et al, 2008). O objetivo deste trabalho é caracterizar a fase inicial de alfabetização de escolares de 1º. e 2º.anos do ensino fundamental, no início e no final do ano letivo. (AU)
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