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Efeitos da L-arginina na proteção renal por meio da dosagem plasmática de NGAL: estudo em modelo experimental de lesão de isquemia e reperfusão em ratos sob anestesia inalatória

Processo: 12/08746-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de agosto de 2012
Vigência (Término): 31 de julho de 2013
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Norma Sueli Pinheiro Módolo
Beneficiário:Patrícia Amado
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Anestesiologia   Anestesia por inalação   Traumatismo por reperfusão   Lesão renal aguda   L-arginina   Lipocalina-2   Modelos animais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anestesia inalatória | Dosagem plasmática NGAL | L-Arginina | Lesao de isquemia e reperfusão | Modelo experimental em ratos | Proteção Renal | Anestesiologia

Resumo

O termo Insuficiência Renal Aguda (IRA) foi usado inicialmente em 1951 por Homer Smith. As definições imprecisas de disfunção renal têm impedido o avanço, existindo mais de 35 definições diferentes. O grupo de estudos Acute Dialysis Quality Initiative desenvolveu uma diretriz para o manejo de lesão renal aguda e sugeriu a classificação RIFLE, quando foi proposto o uso do termo lesão renal aguda (LRA) ao invés de IRA. Nela os primeiros três itens representam o grau de gravidade e os últimos dois são critérios de prognóstico. A creatinina sérica e o débito urinário são usados para indicar disfunção renal, porém com uma taxa de mudança muito baixa, limitando o seu uso no diagnóstico precoce de LRA. A literatura tem apresentado diversos biomarcadores que prometem detecção precoce da LRA. Entre os biomarcadores podemos citar IL-18, NGAL, KIM-1 e cistatina-C. A expressão de NGAL ocorre nos neutrófilos e outras células epiteliais inclusive do túbulo contornado proximal e em uma revisão sistemática recente os autores concluíram que a NGAL parece ter valor diagnóstico e prognóstico para LRA. No mecanismo de dano celular por isquemia inicialmente ocorre depleção de ATP levando a uma perda definitiva da função mitocondrial e impedindo a regeneração de ATP após reperfusão. Essas mudanças levam a alterações no citoesqueleto, aumento do cálcio intracelular, ativação de proteases e fosfolipases, inflamação intersticial, alteração nos receptores de adesão e integrinas e formação de espécies reativas de oxigênio e alterações no metabolismo do óxido nítrico (NO). L-arginina é o substrato para a NOS, e sua administração parece ser benéfica na prevenção da lesão de isquemia reperfusão, que reflete uma possível função protetora. Há também relatos controversos demonstrando que essa molécula é citotóxica e necessita de mais estudos. NO protege os vasos agindo como vasodilatador, agente antiinflamatório, inibidor de aderência de neutrófilos e no seqüestro de ROS. Entretanto reage com O2-, que é produzido pelo sistema da XO, gerando peroxinitrito (ONOO-), um produto altamente citotóxico que oxida vários componentes celulares, um dos responsáveis pelo stress nítrico. Estudos anteriores já demonstraram efeito protetor da l-arginina e do alopurinol em lesão de I/R em intestinos de ratos. Enquanto que o inibidor não seletivo das NOS L-NAME apresentou um efeito contrário. Em vista disso acreditamos que o efeito protetor que a l-arginina exerce em lesão de I/R intestinal também pode ocorrer em lesão de I/R renal. O objetivo geral da pesquisa será avaliar se o L-arginina exerce efeito protetor sobre as células renais, usando um modelo experimental de isquemia-reperfusão em ratos, sob anestesia inalatória e, específico, quantificar a efetividade do L-arginina na proteção de células renais em situação de estresse de isquemia/reperfusão por meio da análise histológica e da dosagem plasmática de NGAL. Após aprovação da Comissão de Ética em Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de Botucatu, serão incluídos no estudo 40 ratos machos, Wistar, com peso maior de 250 grs, fornecidos pelo Biotério Central do Campus de Botucatu, alocados em quatro grupos experimentais: Grupo S (Sham) (n=10) (laparotomia + nefrectomia direita). Grupo C (Controle) (n=10) (laparotomia + nefrectomia direita + L-arginina na dose de 800mg.kg-1.d-1). Grupo A (n=10) (laparotomia + nefrectomia direita + L-arginina na dose de 800mg.kg-1.d-1 + manobras de isquemia e reperfusão renal esquerda. Grupo I (n=10) (laparotomia + nefrectomia direita + manobras de isquemia e reperfusão do rim esquerdo). Todos os animais serão anestesiados da mesma forma: indução anestésica com isoflurano a 3% e manutenção com isoflurano na concentração inspirada de 1,5 a 2% e oxigênio a 40%. (AU)

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