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Escrita Proibida. Expressão Romântica e Diáspora Africana nos manuscritos de Carolina Maria de Jesus

Processo: 12/10784-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2012
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2016
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
Pesquisador responsável:Marcos Antonio de Moraes
Beneficiário:Elena Pajaro Peres
Instituição Sede: Instituto de Estudos Brasileiros (IEB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):12/21347-6 - Carolina Maria de Jesus e seus manuscritos no contexto Atlântico das Diásporas: conexões culturais com a África e com a experiência africana nas Américas, BE.EP.PD
Assunto(s):Manuscritos   Oralidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Carolina Maria de Jesus | Diáspora africana | literatura e migração | literatura romântica | Manuscritos | oralidade | Manuscritos

Resumo

O estudo da obra da escritora afro-brasileira Carolina Maria de Jesus (1914-1977), proposto neste projeto, compreende a investigação minuciosa de seus manuscritos inéditos e uma releitura de sua produção publicada, buscando revelar seu percurso criativo, a partir de uma análise crítico-interpretativa e histórica. Nessa análise pretende-se indicar as conexões de seus escritos com elementos culturais de seu grupo de origem, africano e afro-mineiro, com a literatura a que teve acesso, especialmente a de cunho romântico, e com suas experiências como migrante na cidade de São Paulo. A questão central será, por um lado, abordar a tensa combinação, presente em sua obra, entre conhecimentos e crenças populares de tradição oral e o universo letrado e, por outro, compreender como a experiência do deslocamento espacial e cultural manifesta-se na composição de uma forma singular de expressividade artística. Para alcançar essa dimensão crítica entende-se que será preciso, em um primeiro momento, desviar o conjunto da produção de Carolina do foco intenso de atenção recebido pelo seu primeiro livro, Quarto de Despejo. Diário de uma Favelada, em 1960, e buscar o contexto histórico-cultural mais amplo no qual a autora, neta de um ex-escravo filho de africanos, estava inserida, desde o seu nascimento na pequena cidade mineira de Sacramento, provavelmente em 1914, até sua morte em seu sítio no bairro de Parelheiros, São Paulo, em 1977. Contexto, portanto, que não pode ser resumido apenas aos anos em que viveu com os filhos na favela do Canindé, apesar da inegável importância desse período. Com esse desvio, será possível perceber com maior nitidez os detalhes de construção de sua escrita ficcional - recusada na época pelos editores - e também do próprio diário best seller que a tornou mundialmente conhecida. O estudo da obra de Carolina pode, dessa maneira, ser revelador de um processo de "tradução cultural", que envolveu delicados enlaces construídos no decorrer das experiências da diáspora e das migrações e se transformou em criação.

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