Resumo
A privação dos hormônios sexuais, natural ou induzida, contribui para o aparecimento de diversas desordens metabólicas e endócrinas, como resistência à insulina, intolerância à glicose e diabetes, além de doenças cardiovasculares, devido, em parte, pelo efeito protetor dos estrógenos. Deidroepiandrosterona (DHEA), esteroide mais abundante em humanos, produzido principalmente pelo córtex das adrenais, é convertido a andrógenos e estrógenos nos tecidos periféricos. Em mulheres na pós-menopausa a síntese dos estrogênios e androgênios é feita localmente nos tecidos periféricos por enzimas esteroidogênicas tecido específicas através de processo intrácrino, tendo como precursores os esteroides adrenais DHEA, DHEA-S e androstenediona. A utilização de DHEA como suplemento alimentar, tanto em humanos quanto em modelos experimentais, foi relacionada à redução da obesidade, resistência à insulina e risco de doenças cardiovasculares. Além disso, publicamos recentemente que a suplementação com DHEA a ratas hipertensas devido à ovariectomia tem papel protetor nos anéis de aorta avaliados quanto à resposta a vasoconstritores e vasodilatadores com efeito anti-inflamatório e antioxidante (Camporez et al., 2011). Assim, o objetivo desse atual projeto de mestrado é avaliar o efeito da suplementação com DHEA sobre a morfologia dos miócitos ventriculares cardíacos e expressões de citocinas inflamatórias e receptores de insulina e IGF-1 em corações de ratas obesas e hipertensas devido a castração e dieta hiperlipídica. Serão avaliados parâmetros zoomórficos, perfil glicêmico, expressão das proteínas envolvidas nas vias de insulina e IGF-1 e de citocinas inflamatórias e parâmetros morfométricos no tecido muscular cardíaco do ventrículo esquerdo (VE). (AU)
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