Resumo
O Diabetes mellitus (DM) é uma desordem metabólica caracterizada por hiperglicemia decorrente de defeitos na secreção ou ação da insulina, que acarreta distúrbios no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. A incidência do DM aumenta de maneira alarmante e os estudos de plantas que possuam efeitos antidiabéticos despertam cada vez mais o interesse por parte de pesquisadores. Espécies do gênero Myrcia são utilizadas na medicina popular para o tratamento do DM. No entanto, ainda há poucos trabalhos que postulem seus mecanismos de ação. Dados de nosso laboratório mostram que o tratamento com extrato bruto de M. bella promoveu diminuição da glicemia, dos níveis séricos de lipídios, aumento do conteúdo de glicogênio e da expressão de proteínas da via de sinalização insulínica como IRS-1, PI3-K e AKT em fígado. Assim, julga-se importante a investigação mais aprofundada dos mecanismos que expliquem tal ação hipoglicemiante. Os animais serão divididos em quatro grupos experimentais: controle salina (animais controle tratados com salina), controle tratado (animais controle tratados com extrato de M. bella), diabético salina (animais induzidos ao diabetes por administração de estreptozotocina e tratados com salina) e diabético tratado (animais induzidos ao diabetes por administração de estreptozotocina e tratados com extrato de M. bella). Serão avaliadas as expressões gênicas e proteicas de enzimas chave envolvidas nos processos de glicogênese, glicogenólise e neoglicogênese em fígado, como glicoquinase, glicogênio sintase, glicose-6-fosfatase e fosfoenolpiruvato carboxiquinase (PEPCK), além de avaliar proteínas chave da cascata de sinalização da insulina em fígado, tecido adiposo e músculo esquelético, como IR, IRS-1, PI3-K, AKT e GLUT4. (AU)
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