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Variante genética do gene eNOS como fator de risco para a endometriose associada a infertilidade

Processo: 13/01016-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de maio de 2013
Vigência (Término): 30 de abril de 2014
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Caio Parente Barbosa
Beneficiário:Maria Thereza Sichi Machado
Instituição Sede: Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Organização Social de Saúde. Fundação do ABC. Santo André , SP, Brasil
Assunto(s):Infertilidade feminina   Fertilização in vitro   Estresse oxidativo   Polimorfismo genético   Endometriose
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:endometriose | Estresse oxidativo | gene eNOS | Infertilidade | Polimorfismo genético | Reprodução Humana e Genética

Resumo

A infertilidade é caracterizada pela ausência de gestação espontânea, após o período mínimo de doze meses, com a prática de atividade sexual regular e ausência de métodos contraceptivos. As estatísticas mostram que 20% dos casais em idade fértil experimentam dificuldades para gerar filhos. Aproximadamente 30% das causas de infertilidade estão relacionadas a fatores femininos, 30% a fatores masculinos, 30% dos casos ambos os fatores estão presentes e 10% não apresentam causa aparente. Apesar dos avanços científicos na área de reprodução assistida, a gestação ocorre, em média, em 31% dos casais submetidos aos tratamentos hoje disponíveis e a falha de implantação embrionária é considerada uma causa relevante de insucesso nos procedimentos de fertilização in vitro (FIV). As possíveis causas de falha de implantação em¬brionária têm sido amplamente investigadas, mas não há consenso na literatura. Acredita-se que a qualidade embrionária, receptividade endometrial, comunicação materno-fetal, e fatores endócrinos, imunológicos e genéticos constituam fatores relevantes no insucesso da gestação. Diversas patologias uterinas podem prejudicar a implantação embrionária, incluindo a endometriose. A endometriose é uma inflamação crônica que representa uma das doenças ginecológicas benignas mais comuns. É uma condição esteroide-dependente na qual tecido histologicamente similar ao endométrio com glândulas e estroma cresce fora da cavidade uterina, podendo causar dor pélvica, dismenorreia e infertilidade. Estima-se que aproximadamente 10-15% das mulheres em período reprodutivo, cerca de 40% das mulheres com dor pélvica e 50% das mulheres com problemas de fertilidade possuam esta doença. Clinicamente, uma das principais preocupações em relação à endometriose é a sua propensão para causar infertilidade. Estima-se que 25% a 50% das mulheres com endometriose são inférteis e que 25% a 30% das mulheres inférteis têm lesões endometrióticas como a única causa identificável para a infertilidade. A associação entre a endometriose e a infertilidade é bem estabelecida, mas os mecanismos responsáveis por esses efeitos são desconhecidos. O estresse oxidativo é uma das principais questões associada a infertilidade masculina e feminina e falhas nos resultados de reprodução assistida. O óxido nítrico (NO) pode induzir lesão celular, alteração da resistência vascular e transdução de sinal, e afetar muitos fatores angiogênicos. Assim, o eNOS pode desempenhar um papel no desenvolvimento da endometriose pelo aumento da angiogênese, uma vez que a formação de novos vasos é essencial para a sobrevivência de tecido endometrial fora do útero, bem como a progressão da endometriose. O polimorfismo G894T no éxon 7 (rs1799983, Glu298Asp) do gene eNOS representa uma troca de ácido glutâmico por ácido aspártico no códon 298. Há uma tendência de atividade diminuída da enzima eNOS na presença do alelo 894T em comparação com os homozigotos GG. Bhanoori et al (2008) investigaram a associação do polimorfismo Glu298Asp no do gene eNOS em 232 mulheres inférteis com endometriose e 210 mulheres sem evidência da doença por PCR e posterior sequenciamento. A análise estatística não demonstrou diferença significativa na distribuição dos genótipos entre casos e controles. Posteriormente, Kim et al (2009) avaliaram a frequência do polimorfismo Glu298Asp em um grupo de 299 mulheres coreanas com endometriose avançada e 459 mulheres sem a doença por PCR-RFLP. Os resultados revelaram que o alelo T que resulta na codificação do ácido aspártico do polimorfismo Glu298Asp estava mais frequente nas mulheres com endometriose, sugerindo a associação desse polimorfismo e a forma grave da doença.Com o intuito de tentar esclarecer um possível mecanismo que leva à infertilidade nas mulheres portadoras de endometriose, nos propomos estudar o polimorfismo Glu298Asp no gene eNOS em um grupo de mulheres com endometriose férteis e inférteis e um grupo controle composto por mulheres férteis sem doença. (AU)

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