Resumo
A microscopia óptica, em especial a de fluorescência, é uma das principais ferramentas para o estudo de sistemas biológicos, dinâmica de sistemas poliméricos, catalisadores, dendrímeros entre outros, devido à sua alta seletividade e sensibilidade. Uma limitação física, que é a difração da luz, faz com que sua resolução espacial seja aproximadamente de 200 a 300 nm, o que não permite, por exemplo, resolver imagens de fluoróforos próximos e de estruturas celulares. Porém, tais desafios impulsionaram o surgimento de técnicas de super-resolução, como microscopia wide-field fora do foco, STED e STORM, que quebram o limite de difração da luz e permitem uma resolução de até 20 nm. O avanço da microscopia de fluorescência possibilitou, inclusive, uma resolução capaz de detectar a nível de uma única molécula (single-molecule microscopy) no domínio espacial e temporal. É interessante notar que o comportamento dos sistemas individuais analisados por tais técnicas pode ser comparado com as observações macroscópicas.Neste contexto, o estudo de novas sondas para microscopia óptica é de fundamental importância. Estamos estudando no Grupo de Fluorescência Molecular - IQSC uma nova classe de sondas fluorescentes derivadas do fenantreno. Elas apresentam boa estabilidade fotoquímica e a peculiaridade de serem similares, em parte de suas estruturas, com moléculas utilizadas como padrões para microscopia a nível single-molecule. Logo, neste projeto propomos a aplicação da microscopia single-molecule para o acompanhamento de partículas marcadas com os corantes derivados de fenantreno, bem como a utilização de técnicas de microscopia de super-resolução para a avaliação da dinâmica de sistemas poliméricos. (AU)
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