Resumo
Anestesias especiais para procedimentos intratorácicos possuem grande importância e estudos acerca dos melhores protocolos anestésicos e da aplicação clínica da técnica de ventilação monopulmonar (VMP) em cães são escassos. Objetiva-se, com este estudo, estudar a VMP em cães, bem como definir o melhor protocolo para o perfil hemodinâmico e perfusão tecidual dentre duas concentrações de isofluorano ou infusão contínua de propofol. Serão utilizados sete cães da raça Beagle, machos ou fêmeas, tendo sua concentração alveolar mínima (CAM) individual para o isofluorano previamente determinada. Cada cão participará dos três grupos experimentais: isofluorano em 1,0 CAM (GI1,0), isofluorano em 1,5 CAM (GI1,5) ou infusão contínua de propofol na taxa de 0,4 a 0,6 mg/kg/min (GP), sendo que nos três grupos será administrado atracúrio 0,2 mg/kg IV. Os animais serão intubados com sonda bronquial esquerda e posicionados em decúbito lateral direito, inicialmente sendo submetidos à ventilação bipulmonar (VBP) por 30 minutos. Posteriormente, o pulmão esquerdo será ventilado com pressão positiva intermitente de 10 cmH2O e pressão positiva ao final da expiração igual a cinco cmH2O enquanto será mantida pressão positiva contínua (CPAP) no pulmão direito por 1 hora. Finalmente, retornar-se-á com a VBP por mais 30 minutos, após os quais será descontinuada a anestesia. Nos momentos de 30, 50, 70, 90 e 120 minutos após inicio da primeira VBP, serão colhidas as variáveis frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), média (PAM) e diastólica (PAD), índices cardíaco (IC) e sistólico (IS), índice de trabalho ventricular esquerdo (ITVE), índices de resistência periférica total (IRPT) e resistência vascular pulmonar (IRVP), hemogasometria arterial e venosa mista, lactato sanguíneo, gradiente alvéolo-arterial de oxigênio (P(A - a)O2), fração de shunt arteriovenoso (Qs/Qt), índice de oferta (IDO2) e consumo (IVO2) de oxigênio, taxa de extração de oxigênio (TeO2) e índice de oxigenação (IO).
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