Bolsa 12/20813-3 - Moçambique, Grupos sociais - BV FAPESP
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Guerreiros Ngunis: cultura e poder na construção do mundo em Gaza (Sul de Moçambique, Século XIX)

Processo: 12/20813-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2013
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Leila Maria Goncalves Leite Hernandez
Beneficiário:Gabriela Aparecida dos Santos
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Moçambique   Grupos sociais   Guerreiros
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cultura | guerreiros ngunis | inkosi | Moçambique | Século XIX | Terras de Gaza | História da África

Resumo

Liderando um grupo de origem nguni, Manicusse chegou ao rio Maputo nos primeiros anos de 1820, na sequência da dispersão conhecida por Mfecane, que marcou o processo de centralização política na África Austral, entre a cordilheira do Drakensberg e o Oceano Índico. Nos anos seguintes, os ngunis deslocaram-se para o norte, apoiados em uma conformação social fortemente atrelada à valorização do guerreiro e à sua ação como demonstração de força coletiva da comunidade. Com Manicusse, o sistema regimentar se tornou uma das instituições centrais em Gaza e se manteve nos governos dos inkosis seguintes, com Mawewe (1858-1861), Muzila (1861-1884) e Gungunhana (1884-1895). Tomando como objeto de estudo o grupo social constituído pelo conjunto dos guerreiros ngunis, a pesquisa tem como proposta analisar a sua agência na produção e redefinição dos signos identitários nas terras de Gaza, consubstanciados na confirmação do inkosi como fonte ancestral e soberana de poder. A hipótese é de que a agência dos guerreiros ngunis, validada no campo das relações sociais, sustentava o poder ascendente do inkosi em uma associação que devolvia à comunidade a imagem de sua unidade no território ao sul do que viria a ser denominado Moçambique décadas depois. Com o fim de realizar essa proposta, além das fontes previamente coletadas - a correspondência entre governadores gerais e de distritos em Moçambique, produzida no âmbito da Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar (SEMU) do Governo de Portugal, e os relatos de viagens subsidiadas por Sociedades de Geografia, como a de Lisboa, em Portugal; a de Neuchâtel, na Suíça e a de Londres, na Inglaterra - a pesquisa envolverá a consulta aos acervos documentais do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM), localizado em Maputo, em especial os Fundos Governo Geral (GG) e Direção dos Serviços de Administração Civil (DSAC), e do National Archives and Records Service of South Africa (NARS), em seu repositório em Durban. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
SANTOS, Gabriela Aparecida dos. \Lança presa ao chão\: guerreiros, redes de poder e a construção de Gaza (travessias entre a África do Sul, Moçambique,  Suazilândia e Zimbábue, século XIX). 2017. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.

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