Surrealismo e psicanálise: diálogos entre Jacques Lacan e André Breton
A clínica em face da dimensão sociopolítica do sofrimento: psicanálise, política e...
Para além da escolha entre doutrinação e neutralidade: fundamentos epistemológicos...
Processo: | 13/12303-8 |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado |
Vigência (Início): | 15 de agosto de 2013 |
Vigência (Término): | 03 de agosto de 2014 |
Área do conhecimento: | Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica |
Pesquisador responsável: | John Cowart Dawsey |
Beneficiário: | Romain Jean Marc Pierre Bragard |
Supervisor: | Carina Basualdo |
Instituição Sede: | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil |
Local de pesquisa: | Université Paris Ouest Nanterre La Défense (Paris 10), França |
Vinculado à bolsa: | 10/52148-3 - Variacoes do sentimento de natureza nas praticas de caminhadas pedestres (brasil-franca)., BP.PD |
Assunto(s): | Ecoturismo Natureza Urbanidade Epistemologia Jacques Lacan |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | desejo | EcoTurismo | Epistemologia | Lacan | Sentimento de natureza | Urbanidade | Antropologia do corpo |
Resumo Inscrevendo-me em uma antropologia do corpo, adoto um método indutivo que toma por objeto o sentimento de natureza no turismo ecológico. Desenvolvendo uma etnografia comparativa, presto atenção nos gestos, nas emoções expressas nas trilhas, no uso do material tecnicista, nas atitudes performadas durante a prática, e nos discursos reflexivos sobre ela. O engajamento corporal em "fazer trilha" é o ponto de partida de toda reflexão. Ora, as pesquisas que realizei anteriormente indicam o quanto existe um jogo de reflexos entre a prática turística e o cotidiano urbano no qual os caminhadores projetam seus passeios. Há um imaginário do engajamento corporal em trilha que trabalha os sujeitos urbanos por meio de trechos de mitos. Propagandas, reportagens e discursos midiáticos participam da formação de um desejo de natureza. Confrontando diferentes tipos de caminhadas performadas no Brasil e na França procuro entender variações modernas do sentimento de natureza quando, de um lado e do outro do atlântico, caminha-se com ou sem guia. Proponho uma reflexão epistemológica elaborada a partir de um trabalho de campo. Tendo me engajado numa antropologia do corpo e das emoções, passei a me interessar pela psicanálise freudiana e lacaniana. Parece-me possível abrir um diálogo crítico com o projeto maussiano de estudo do "homem total", enquanto articulação bio-psico-social. Tal discussão passa por uma reavaliação da noção de "incorporação" enquanto pura socialização, e aponta um limite do paradigma da troca enquanto vínculo social ausente de jogo de engodo. Precisamos então nos voltar a perguntas pouco tradadas pelas ciências sociais: como um ser que nasce torna-se um ser que fala e elabora projetos motores? Com efeito, o paradigma da socialização não explica como o mundo vira significante, notadamente para a criança. A condição simbólica da vida humana não pode ser tomada unicamente como pressuposto, tem-se que analisar sua lógica, suas causas e mecanismos. Considerando a relação entre falta, fantasia, (des)prazer, motricidade e desejo, a questão do como linguagem e corpo se articulam afina-se, e permite retomar a busca maussiana do entendimento das relações entre psicologia e cultura, sujeito e sociedade. Ao importar para antropologia conceitos psicanalíticos, a questão da experiência é deslocada para a do ek-sistir (sair da posição sentada), permitindo considerar a subjetivação como dialética entre assujeitamento e desassujeitamento à ordem capitalista. (AU) | |
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