Bolsa 13/13325-5 - História da psicologia, História social - BV FAPESP
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Georges Dumas: da psicologia no campo universitário francês à circulação de intelectuais entre a França e a América Latina (1890-1930)

Processo: 13/13325-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2013
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2014
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Marcia Cristina Consolim
Beneficiário:Marcia Cristina Consolim
Pesquisador Anfitrião: Louis Pinto
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França  
Assunto(s):História da psicologia   História social
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Campo universitário e institucionalização disciplinar | Circulação internacional de intelectuais | Cultura literária e cultura científica | Georges Dumas e as Missões Francesas | História Social e Intelectual da Psicologia | Sociologia dos Intelectuais e das Ciências Humanas | Sociologia das Ciências Humanas

Resumo

Esta pesquisa tem por objetivo investigar a trajetória de Georges Dumas (1866-1946), professor universitário, psicólogo reconhecido e "embaixador cultural" da França na América Latina. O estudo de sua trajetória permite equacionar, de maneira privilegiada, as condições sociais e intelectuais da institucionalização da "psicologia científica" na França e as relações estabelecidas entre uma parcela da universidade e o governo republicano. Trata-se, mais especificamente, de identificar, por meio das disposições sociais e intelectuais de Dumas, e do círculo dos autodenominados psicólogos científicos, a produção de um ethos profissional baseado na identidade do "cientista-filósofo". Pretende-se mostrar que esse ethos é resultado de uma formação cultural e científica específica, em geral coroadas com títulos de doutor em medicina e em letras. Tais disposições, formadas no cruzamento de uma cultura literária e outra científica, podem ser interpretadas, no campo social, como decorrentes de uma diferenciação apenas parcial da elite universitária em relação às demais elites. No campo científico, elas se expressaram por meio de uma visão moderada em relação à especialização disciplinar - procurando manter certa continuidade entre ciências naturais e ciências sociais; entre ciência e filosofia. No plano internacional, tais disposições favoreceram a convivência, em certos círculos universitários, de práticas científicas voltadas aos pares ao lado de práticas culturais voltadas a um público mais amplo. À luz da crescente cisão, nas carreiras universitárias, entre a especialização das áreas médicas e a orientação literária ou metafísica da filosofia, tal posição pode ser lida como expressão de um estilo de vida distintivo. (AU)

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