Bolsa 13/11688-3 - Antropologia visual, Memória (psicologia) - BV FAPESP
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Fotografia e memória: as relações de travestis com seus retratos de infância

Processo: 13/11688-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2013
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2015
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Andréa Cláudia Miguel Marques Barbosa
Beneficiário:Marcela Roberta Guimarães Vasco
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):Antropologia visual   Memória (psicologia)   Travestis   Pessoas transgênero   Infância   Fotografia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:antropologia visual | Imagem | memória | transexualidade | Antropologia Visual

Resumo

A fotografia transforma o sujeito em objeto, ou seja, passível de ser fotografado. Tirar uma foto de alguém é tirar sua imagem, aprisioná-la no filme e, através da impressão, transformá-la em um objeto pertencente ao mundo apreensível. Fotografias juntam poeira, envelhecem, criam fungos, podem ser beijadas, rasgadas e até mesmo levadas a centros religiosos no lugar de seus doentes (NOVAES, 2008). Seu aspecto mágico reside justamente em seu apelo aos sentidos. Assim, ela se comporta como um possível caminho etnográfico de investigação antropológica e de mobilização da memória, abrangendo experiências sensoriais e afetivas só possíveis em termos visuais. Além de objeto sensível, ela pode ser entendida ainda enquanto o resquício material de uma imagem passada. Barthes afirma que "na Fotografia jamais posso negar que a coisa esteve lá" (BARTHES, 1984, p. 115). Nesse sentido, o retrato de infância de uma transexual, além de apreender seu universo sensível e oferecer-se à evocação da memória da experiência vivida, é exatamente o resquício material que representa o pertencimento a uma categoria de gênero da qual foi preciso se desvencilhar através de uma transformação corporal marginalizada e muitas vezes traumática. Diante dele, é impossível negar a existência do passado. Dessa forma, a proposta do presente trabalho é buscar entender quais as relações que transexuais estabelecem com seus retratos de infância, tomando a fotografia não só como um documento histórico, mas enquanto um importante caminho etnográfico de evocação da memória, de apreensão do sensível e de mediação das relações em campo. (AU)

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