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Do uso do conceito de adaptação em Antropologia: uma análise histórico-epistemológica

Processo: 13/07258-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de dezembro de 2013
Vigência (Término): 30 de novembro de 2014
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica
Pesquisador responsável:Rui Sérgio Sereni Murrieta
Beneficiário:Larissa de Rezende Tanganelli
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Ecologia humana   Adaptação ambiental   Epistemologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:adaptação | Antropologia | biologia evolutiva | Ecologia-Humana | espistemologia | Antropologia ecológica - biológica

Resumo

A pretensão central deste trabalho é fazer uma reflexão preliminar histórica do conceito de adaptação na Antropologia. Considerando-se que sua origem esteja diretamente atrelada às ciências biológicas, a ideia de que forma, fisiologia e comportamento teriam uma função adaptativa em sociedades humanas vem sendo parte da reflexão filosófica Ocidental. Uma das principais características do conceito de adaptação é seu uso polissêmico, interpretado e colocado das mais diversas maneiras nesses 150 anos de história da biologia evolutiva, acompanhado sempre de grandes revisões teóricas. Algumas das questões que dizem respeito aos seus usos residem na forte implementação do raciocínio eleológico ao se pensar e empregar o conceito, cuja consequência mais evidente foi o chamado programa adaptacionista; às categorias possíveis em que cabem sua referência, podendo se pensar as adaptações ocorrendo nos níveis individual ou populacional (da espécie); à dificuldade metodológica para mensurar a adaptabilidade de um traço, ou mesmo para a determinação do que designa uma "vantagem"; ao alvo sobre onde age a seleção natural, estabelecendo-se o antagonismo entre as categorias de genótipo e ambiente; à sua origem ser ou não pensada em termos históricos e à questão de compreendê-las como o resultado de um processo ou este em si mesmo. A apropriação do termo pela Antropologia a partir da década de 40 do séc. XX traz para esta disciplina muitas das questões integrantes da aura de controvérsias teórico epistemológicas do conceito da biologia evolutiva. Não se faz trivial a tarefa de saber quando um comportamento ou traço cultural pode ou não ser considerado adaptativo ou sequer saber se é possível a utilização desse conceito na designação de comportamentos humanos. Embora o conceito tenha sido muito relevante na Antropologia, principalmente americana; no Brasil foram feitas poucas discussões (Neves, 1996) acerca das especificações e da relevância do termo na área. Além disso, há crescente interesse no uso dessa matriz teórica adaptacionista na antropologia sociocultural, principalmente de orientações sócio-ecológica, socioambiental e histórico-evolucionista. Sendo assim, o trabalho propõe iniciar esse debate e apresentar o estado da arte desse tema na antropologia. Com isso espera-se resgatar um instrumento teórico que ainda é de grande importância e necessita de maior esclarecimento histórico-epistemológico no contexto da antropologia sociocultural brasileira. (AU)

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