Bolsa 13/26615-1 - Obesidade, Exercício físico - BV FAPESP
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Papel dos microRNAs nas alterações fenotípicas do músculo esquelético de ratos Zucker obeso submetidos ao treinamento físico aeróbio

Processo: 13/26615-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2014
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2014
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica - Biologia Molecular
Pesquisador responsável:Edilamar Menezes de Oliveira
Beneficiário:João Lucas Penteado Gomes
Instituição Sede: Escola de Educação Física e Esporte (EEFE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Obesidade   Exercício físico   Treinamento físico   Sistema musculoesquelético   MicroRNAs   Modelos animais de doenças
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:exercício físico | MicroRNAs | obesidade | MicroRNAs

Resumo

A obesidade é uma doença crônica determinada pelo excesso de gordura corporal e é um fator que predispõe outras doenças como diabetes, hipertensão, dislipidemias e alguns tipos de câncer. As proporções epidêmicas da obesidade vêm aumentando expressivamente com o passar dos anos e hoje ela é considerada um grande problema de saúde pública mundial. A obesidade também é um fator de risco para alterações morfológicas patológicas no músculo esquelético. Entre elas podemos destacar a rarefação capilar, que ocorre frequentemente em doenças vasculares decorrentes da inflamação e do perfil lipídico alterado. Sabe-se também que a obesidade pode alterar a distribuição dos tipos de fibras musculares associado a uma mudança de fibras de contração lenta para contração rápida. Além disso, a obesidade muda os componentes intramusculares relacionados ao conteúdo lipídico e protéico. Apesar do quadro de obesidade não ser facilmente revertido, o treinamento físico tem se mostrado como um importante tratamento não farmacológico no controle da doença, pois contribui com a diminuição de massa gorda e no ganho de massa magra. A literatura aponta que o exercício físico é capaz de causar alterações no fenótipo muscularesquelético, dentre estas mudanças podemos ressaltar: alterações na densidade capilar, no diâmetro das fibras, o conteúdo de gordura intramuscular e conteúdo de colágeno. Todavia, poucos são os estudos que apontam alterações morfológicas musculares em obesos submetidos ao treinamento físico. Recentemente nosso grupo de pesquisa realizou um estudo com o objetivo de determinar as mudanças morfológicas que ocorrem no músculo esquelético de ratos obesos submetidos ao treinamento físico aeróbio. Entre os resultados, o grupo obeso sedentário apresentava uma diminuição da área de secção transversa das fibras musculares esqueléticas que o treinamento aeróbio, no entanto, foi capaz de reverter parcialmente. Adicionalmente, o conteúdo de gordura intramuscular estava diminuído no grupo obeso treinado e o treinamento também foi capaz de reverter a rarefação capilar. Apesar do estudo das mudanças no perfil morfológico do músculo esquelético ter apresentado resultados interessantes e importantes concernentes ao estudo da obesidade e sua relação com as mudanças geradas pelo treinamento físico, é importante investigar quais as causas dessas mudanças. Recentemente uma nova classe de moléculas tem sido investigada por estar relacionada com diversos fatores fisiológicos e também patológicos, essas moléculas são denominadas microRNAs. Os microRNAs são pequenos RNAs que não codificam proteínas, que se ligam a RNAs mensageiros com complementaridade parcial ou total, impedindo a sua tradução pelos ribossomos. Existem diversas famílias de microRNAs e cada um deles apresenta diversos alvos. A literatura aponta que os microRNAs controlam a expressão de diversos genes em diversos tecidos, também, que o exercício físico tem um papel importante na regulação da expressão de alguns microRNAs, por exemplo, o microRNA-16 é tido na literatura como um inibidor de fatores angiogênicos. Um estudo de Fernandes et al, 2012 observou-se que há uma diminuição da expressão desse microRNA em animais hipertensos submetidos ao treinamento físico aeróbico, possibilitando assim a maior expressão dos fatores angiogênicos inibidos pela hipertensão arterial em ratos espontaneamente hipertensos. Sendo assim, o objetivo desse estudo é determinar qual a participação dos miRNAs nas alterações morfológicas que ocorrem no músculo esquelético de ratos obesos. E especificamente a expressão do microRNA-126 e do microRNA-16, os quais possuem alvos validados intimamente ligados a vias angiogênicas, e, o microRNA -133 que está ligado a via da AKT, comprovadamente uma via sinalizadora de hipertrofia muscular esquelética. (AU)

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