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Efeitos do chá verde (Camellia sinensis), do cacau e de um doador de óxido nítrico na nefropatia e retinopatia diabética: papel da redução do estresse oxidativo e da inflamação e do aumento do óxido nítrico

Processo: 14/02680-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de março de 2014
Vigência (Término): 31 de outubro de 2014
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Jose Butori Lopes de Faria
Beneficiário:Josiele Cristina Franco
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:08/57560-0 - Efeitos do chá verde (Camellia sinensis), do cacau e de um doador de óxido nítrico na nefropatia e retinopatia diabética: papel da redução do estresse oxidativo e da inflamação e do aumento do óxido nítrico, AP.TEM
Assunto(s):Camellia sinensis   Estresse oxidativo   Óxido nítrico   Polifenóis   Retinopatia diabética
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Chá verde | Estresse oxidativo | nefropatia | Oxido Nitrico | Polifenóis | retinopatia diabetica | Fisiopatologia Renal

Resumo

Apesar do aprimoramento do controle glicêmico e da pressão arterial reduzindo o desenvolvimento das complicações microvasculares diabéticas, a retinopatia diabética (RD) é ainda a maior causa de cegueira em pessoas na idade produtiva nos países desenvolvidos. A fotocoagulação com laser na retina (tratamento padrão para essa condição) é efetiva mas ainda não elimina a cegueira nesses pacientes. Portanto, o melhor entendimento dos mecanismos fisiopatogênicos é imprescindível para no futuro desenvolver um tratamento farmacológico para prevenir perda visual na RD. Estudos recentes demonstram que as lesões tóxicas da hiperglicemia afetam não somente os elementos vasculares, mas também as células neurais e gliais da retina. Através de eletrorretinografia e potencial visual evocado tem-se confirmado a presença de alterações funcionais precedendo as primeiras alterações detectadas oftalmoscopicamente, o que sugere que outras células, além das células vasculares, são alvo primário da hiperglicemia. Em modelos animais, a perda de células ganglionares e de fotoreceptores da retina ocorre precocemente após 1 mês da indução experimental do DM; adicionalmente, as células da glia, principalmente célula de Muller, também são alvo da hiperglicemia caracterizado pelo aumento da expressão da proteína acídica fibrilar glial (GFAP) e expressão do antígeno de superfície ED-1. Múltiplas hipóteses propõem mecanismos que explicam como a hiperglicemia per se inicia os processos bioquímicos envolvidos na patogênese da RD. Dentre eles, o estresse oxidativo e a inflamação. O metabolismo do oxigênio é essencial para a vida normal, mas existe um delicado balanço entre a formação e a eliminação de radicais superóxidos através de sistema antioxidantes. Na retina, a mitocôndria é uma fonte importante de produção de superóxidos. Estes radicais livres lesam proteínas, lipídios e ácido desoxirribonucleico, alterando entre outras, a função mitocondrial, mediador central da morte programada da célula. Processos inflamatórios, provavelmente decorrentes do estresse oxidativo, estão presentes nas fases inicias da RD como demonstrado pelo aumento das expressões de diferentes citocinas pró-inflamatórias, acompanhada por leucoestase e aumento da permeabilidade capilar. Em nosso modelo animal, experimentalmente diabético e geneticamente hipertenso, demonstramos redução do sistema antioxidante glutationa com concomitante aumento da produção de superóxido e consequente lesão oxidativa do tecido retiniano, acompanhado por marcadores precoces de inflamação no tecido retiniano. Vários estudos têm demonstrado os efeitos dos polifenóis encontrados em certas frutas e verduras como antioxidantes. Um número de estudos tem descrito que sub-classes dos polifenóis, amplamente encontradas no chá verde e no chocolate, podem exercer um efeito neuroprotetor em modelos de doenças neurodegenerativas cerebrais. No olho, alguns estudos têm descrito propriedades protetoras dos polifenóis em modelos experimentais de degeneração retiniana e em modelos de isquemia-reperfusão da retina. Estudos epidemiológicos têm revelado que o consumo de alimentos ricos em polifenóis, substâncias antioxidantes, reduzem as doenças cardiovasculares com redução significativa da pressão arterial acompanhado de aumento de nitrosoglutationa, um marcador de oxido nítrico (NO) vasodilatador em voluntários normais. O NO é constitutivelmente produzido pelas células endoteliais através da ação da eNOS. Uma vez que a redução do NO é utilizado como um marcador de disfunção endotelial, drogas que liberam NO exogenamente estão sendo desenvolvidas com objetivo de melhorar a função endotelial para pacientes com risco cardiovascular. Porém, se esses efeitos estão presentes da retina em modelo experimentalmente diabéticos ainda não foram estudados. O objetivo geral deste projeto é avaliar os mecanismos dos efeitos protetores dos polifenóis na retina de animais hipertensos e experimentalmente diabéticos. (AU)

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