Bolsa 13/19568-7 - Ginecologia, Epilepsia - BV FAPESP
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Conhecimento de neurologistas e pacientes com epilepsia sobre riscos de interações medicamentosas entre anticonvulsivantes e métodos contraceptivos

Processo: 13/19568-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2014
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2014
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Saúde Materno-infantil
Pesquisador responsável:Carolina Sales Vieira
Beneficiário:Giuliano Roberto Scarpellini
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Ginecologia   Epilepsia   Dispositivos anticoncepcionais   Comportamento reprodutivo   Anticoncepção   Interações de medicamentos   Anticonvulsivantes   Mulheres   Entrevista   Inquéritos e questionários
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Anticonvulsivantes | conhecimento de neurologistas | conhecimento de pacientes | Contracepção | epilepsia | Interação medicamentosa | Ginecologia

Resumo

Epilepsia é uma síndrome neurológica caracterizada pela recorrência de crises convulsivas; tendo prevalência de 0,3 a 1% da população mundial. Essa patologia causa um impacto maior na qualidade de vida das mulheres; devido principalmente aos efeitos das drogas anticonvulsivantes (DAC) sobre as diferentes fases do ciclo menstrual e de vida da mulher. O período gestacional é uma das fases do ciclo de vida da mulher que apresenta maior importância. Durante a gestação, mantém-se um balanço entre os riscos do uso das DAC e os benefícios do controle adequado das crises maternas. As DAC têm potencial teratogênico, além de potencial aumento do risco de sangramentos no recém-nascido. Entre 17,3% a 35% das pacientes apresentam aumento do número de crises durante a gestação. Dessa maneira as gravidez em mulheres epilépticas apresentam risco em potencial, sendo indicado o aconselhamento pré-concepcional. Assim a anticoncepção assume especial importância nessas pacientes. Estima-se que a incidência de gravidezes não planejadas seja de 50% em mulheres em uso de DAC. As DAC podem apresentar interações medicamentosas com os métodos contraceptivos hormonais o que pode fazer com que esses métodos sejam contraindicados em alguns casos. Isso ocorre pois tanto as DAC quanto os hormônios esteroidais tem metabolização hepática através do citocromo P450, algumas DAC podem induzir enzimas microssomais podendo prejudicar a eficácia dos contraceptivos. Além disso outra via de metabolização é através da excreção renal e biliar a qual pode ser estimulada pelo etinilestradiol dos contraceptivos e levar a redução dos efeitos das DAC. Apesar da importância do conhecimento das interações entre as DAC e métodos anticoncepcionais muitos médicos e pacientes não tem ciência das mesmas. Estudos mais antigos indicam menor conhecimento dos efeitos de DAC na contracepção, apresentando até 4% dos neurologistas e 0% de obstetras com respostas adequadas. Isso foi avaliado em questionários envolvendo diferentes aspectos do período fértil da vida da mulher, avaliando conhecimentos relacionados a interação hormonal com crises convulsivas, efeitos das DAC na contracepção, uso de DAC durante gestação entre outros. Já em estudos mais recentes, houve aumento da porcentagem de profissionais de saúde com conhecimentos neste quesito, variando de 33% a 71% do total dos profissionais entrevistados. O presente estudo tem por objetivos avaliar o conhecimento de neurologistas sobre o planejamento reprodutivo das mulheres portadoras de epilepsias e em uso de anticonvulsivantes. Avaliar o conhecimento de portadoras de epilepsia em uso de anticonvulsivantes sobre seu planejamento reprodutivo. Material e métodos trata-se de um estudo descritivo, no qual serão avaliados todos os neurologistas da cidade de Ribeirão Preto, da rede pública e privada de saúde por meio de questionários estruturados. Além disto, serão entrevistas portadoras de epilepsia em uso de DAC provenientes de rede pública e privada. Para a amostra de pacientes, iremos considerar apenas mulheres em idade reprodutiva, neste sentido, considerando a prevalência de epilepsia de 0,3% e o número de mulheres de 18 a 45 anos em Ribeirão Preto, serão incluídas 350 pacientes. Destas, 80% serão do SUS e 20% será proveniente de clinicas de saúde suplementar (particular e planos de saúde). Os questionários serão aplicados por um pesquisador, sem tempo prévio de consulta.

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