Resumo
Introdução: O consumo de carnes em excesso, especialmente carne vermelha e processada, tem sido associado a doenças crônicas, como o câncer. Um dos mecanismos para essa associação é o teor de compostos carcinogênicos, como as aminas heterocíclicas (AH), formados na cocção da carne. No processo de detoxificação destes carcinógenos são geradas espécies reativas, que podem causar estresse oxidativo e dano ao DNA, aumentando risco para câncer. As enzimas envolvidas neste processo têm capacidades de detoxificação diferentes entre as pessoas, devido aos polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) de genes que codificam tais enzimas. Objetivo: Analisar o consumo de carne e AH e sua relação com marcadores bioquímicos (malonaldeído e adutos de DNA), genéticos (polimorfismos de genes que codificam enzimas envolvidas no metabolismo de interesse) e ambientais (tabagismo), além de fatores sociais e demográficos (sexo, idade, renda familiar). Metodologia: O presente estudo foi conduzido em uma amostra representativa de 548 indivíduos, com idade igual ou superior a 20 anos do município de São Paulo. Dados dietéticos, antropométricos e amostras de plasma e DNA foram coletados. Estão sendo finalizadas as análises bioquímicas (malonaldeído, SNP, adutos de DNA). Modelos múltiplos serão testados, considerando o consumo dietético, as concentrações sanguíneas dos marcadores e a interação pela presença das variantes genéticas envolvidas no metabolismo das aminas heterocíclicas. (AU)
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