Bolsa 14/01974-1 - Desumanização - BV FAPESP
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Desumanizantes desumanizados: carrascos e vítimas em Esther Mujawayo e Robert Antelme

Processo: 14/01974-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2014
Data de Término da vigência: 28 de dezembro de 2017
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
Pesquisador responsável:Márcio Orlando Seligmann-Silva
Beneficiário:Antônio Deval Neto
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):16/22706-0 - Dimensões estéticas das obras de Esther Mujawayo e Robert Antelme, BE.EP.DR
Assunto(s):Desumanização
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Desumanização | Esther Mujawayo | Genocídio de Ruanda | Robert Antelme | Shoah | Teoria Literária

Resumo

O objeto desta pesquisa são as formas como as inter-relações entre vítimas e algozes são representadas e registradas pelos sobreviventes em seus testemunhos ou obras ficcionais que versem sobre experiências extremas de violência, como os genocídios judeu, a Shoah e tutsi, o Itsembabatutsi. Partimos do pressuposto, já explorado por Todorov e Des Pres de que as regras de sociabilidade não deixam de existir nos campos de concentração, mas não são as mesmas de fora deles. Tal pressuposto seria também aplicado a outros casos de violência extrema, como o Itsembabatutsi. Em todos os casos de genocídio ou limpeza étnica podemos encontrar a construção de um inimigo que deve ser extirpado através da expulsão ou do aniquilamento. A destruição desse inimigo só é possível através da sua exclusão social por meio de um processo de desumanização que lhe imputa uma condição de inferioridade em relação ao outro que vem precedido de um discurso identitário que agregue uma população sob traços comuns: cultura, nacionalidade, língua, história, raça, religião. A dicotomização e oposição entre estes dois elementos e a transformação do outro em inimigo estão na base dos casos de violência extrema A partir dessa oposição entre "nós" e "eles" é que se desenvolvem ou se transformam as relações sociais dos dois grupos. Pretendemos analisar como esses grupos se relacionam e como essas relações são transpostas para o testemunho de sobreviventes. Escolhemos as obras de Robert Antelme, sobrevivente do Holocausto, autor de A Espécie Humana (2013) e de Esther Mujawayo, sobrevivente do genocídio de Ruanda de 1994, autora de La Fleur de Stéphanie (2006), por refletirem sobre essas relações que se estabelecem entre os algozes e as vítimas.

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