Os meus, os nossos e os dos outros: uma etnografia da vida dos mortos e seus efeitos entre os Xukuru do Ororubá

• Processo: 14/03810-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2014
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2018
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
• Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
• Pesquisador responsável: Jorge Luiz Mattar Villela
• Beneficiário: Clarissa de Paula Martins Lima
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 16/04009-0 - A morte e o tempo na vila de Cimbres, BE.EP.DR
• Assunto(s): Parentesco Família Etnografia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Antropologia | familia | Mortos | Parentesco | Política | Xukuru do Ororubá | Xukuru do Ororubá

Resumo

Este projeto de pesquisa trata do estatuto dos mortos e das relações que estes estabelecem com os vivos entre os Xukuru do Ororubá (Pesqueira, Pe.). Tal como me foi relatado em experiências prévias com o grupo, há uma intensa relação entre vivos e mortos de toda sorte, especialmente aqueles denominados parentes, finados, entidades, encantos, santos, espíritos e antepassados. Deste modo, este projeto de pesquisa propõe uma etnografia dos mortos entre os Xukuru dos Ororubá, estabelecendo também com um diálogo com etnografias realizadas entre outros povos indígenas no Nordeste (cujo material disponível aparentemente converge para aquilo que os dados Xukuru sugerem); na Amazônia (um aparente contraponto interessante para pensar os dados Xukuru); e entre populações camponesas e pastoris (que tangenciaram a existência Xukuru nos últimos três séculos). Como hipótese geral, a partir de dados coletados previamente em campo, sugiro que a relação com os diversos tipos de mortos que habitam o universo produze efeitos na elaboração de cartografias espaço-temporais e na constituição de grupos familiares que compõem e operam a política local, sendo os mortos, eles mesmos, delas parte constitutiva. (AU)