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Evolução clínica de pacientes com Displasia Neuronal Intestinal: Qual é o melhor tratamento?

Processo: 14/03710-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de julho de 2014
Vigência (Término): 30 de junho de 2016
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourencao
Beneficiário:Laura Luiza Minelli Rosa
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Constipação intestinal   Cirurgia pediátrica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cirurgia Pediátrica | constipação intestinal | Disganglionose | Displasia Neuronal Intestinal | Cirurgia Pediátrica

Resumo

Introdução: A Displasia Neuronal Intestinal (DNI) é uma entidade patológica, do grupo das doenças neuromusculares gastrointestinais, caracterizada por complexas alterações do sistema nervoso entérico. Seu diagnóstico depende fundamentalmente da análise histopatológica de biópsias do reto, sendo definida pela presença de ao menos 15% de gânglios nervosos gigantes na submucosa, com mais do que 8 células ganglionares cada um, nas 30 seções histológicas que devem ser analisadas. Sua patogenia faz parte do leque de incertezas sobre a doença. Várias hipóteses são discutidas, entretanto nenhuma delas ainda é amplamente aceita. As alterações histopatológicas que caracterizam a DNI poderiam se originar de uma alteração primária, exercendo influência direta no desenvolvimento embriológico dos tecidos derivados da crista neural ou de uma alteração histopatológica secundária a fenômenos intestinais obstrutivos ou inflamatórios, ocorridos no período fetal, perinatal ou pós-natal em humanos. Há, ainda, evidências de que estas alterações histopatológicas que caracterizam a DNI possam fazer parte do desenvolvimento normal do sistema nervoso entérico, a partir de um processo fisiológico de maturação e apoptose. Em meio a tantas incertezas quanto a definição, etiopatogenia e diagnóstico da DNI, não é surpreendente a falta de consenso quanto ao seu tratamento. As duas modalidades terapêuticas são representadas pelo tratamento clínico conservador e pelo tratamento cirúrgico. Entretanto, os resultados das diferentes modalidades terapêuticas são bastante discordantes e os estudos de seguimento são raros e com número limitado de pacientes, o que impossibilita conclusões quanto à melhor opção de tratamento dos pacientes. Neste contexto, faz-se necessária a avaliação clínica a longo prazo de pacientes com diagnóstico histopatológico de displasia neuronal intestinal, submetidos a diferentes formas de tratamento. Objetivo: Avaliar a evolução clínica dos pacientes com Displasia Neuronal Intestinal considerando as modalidades terapêuticas aplicadas. Pacientes e Métodos: Trata-se de estudo de seguimento longitudinal, observacional, ambispectivo e comparativo. Serão analisados, retrospectivamente, os prontuários de 63 pacientes, com idade de 0 a 15 anos, com diagnóstico histopatológico de Displasia Neuronal Intestinal realizado a partir de materiais obtidos de biópsias do reto e de peças cirúrgicas, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp, no período de 1998 a 2010. No primeiro momento do estudo, de forma retrospectiva, os dados clínicos dos pacientes incluídos no estudo serão obtidos dos prontuários médicos, incluindo idade de início dos sintomas, idade no momento do diagnóstico, gênero, idade gestacional e peso ao nascimento, evolução clínica no período neonatal, presença de malformações associadas, sinais e sintomas e tratamentos realizados antes e após o diagnóstico. No segundo momento do estudo, de forma prospectiva, os pacientes serão convocados para uma entrevista semi-estruturada na qual serão aplicados questionários dirigidos para investigação do atual estado clínico do paciente, com enfoque para o padrão evacuatório, de incontinência fecal, de consistência das fezes e de qualidade de vida global. Todos os pacientes incluídos no estudo serão previamente informados quanto à finalidade da pesquisa e assinarão termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP (Protocolo CEP 211.156).

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