Resumo
O balanço hidroeletrolítico, que é essencial para a manutenção da vida, tem um controle eficiente e complexo, realizado momento a momento por diversos sistemas homeostáticos. O sistema neuroendócrino atua, neste contexto, como componente de comando e integração de respostas efetoras frente a qualquer situação que desafie a homeostase hídrica e eletrolítica. Recentemente, têm sido relatadas evidências da participação de moduladores gasosos, entre eles o monóxido de carbono (CO), na regulação desse e de outros sistemas homeostáticos. Dados prévios da literatura e estudos ainda não publicados do nosso laboratório indicam que o CO pode modular a secreção hormonal em diversas condições experimentais, tais como expansão do volume extracelular e privação hídrica, tanto de forma direta como indireta - via modulação do sistema do óxido nítrico (NO) - sendo que essa modulação pode ocorrer de forma tempo e estímulo-dependente. Assim, o presente estudo tem o objetivo de explorar a modulação exercida pelo CO de origem central sobre as respostas neuroendócrinas induzidas pelo estímulo de privação hídrica de vinte e quatro horas ou quarenta e oito horas (PH24h ou PH48h, respectivamente), explorando 1) os possíveis alvos intracelulares do CO - guanilato ciclase solúvel (sGC), canais de grande condutância de potássio (BK) e proteína quinase 38 ativada por mitógeno (p38 MAPK), bem como 2) a possível inter-relação dos sistemas nitrérgico e COérgico, e ainda 3) a provável existência do fator tempo-dependente na modulação destas respostas. Para tanto, serão realizados estudos eletrofisiológicos e estudos in vivo através das técnicas de radioimunoensaio, western blotting e imunoistoquímica. (AU)
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