Busca avançada
Ano de início
Entree

Bócios mergulhantes: estudo de pacientes operados em um serviço universitário de ensino

Processo: 14/10037-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2014
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2015
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Claudio Roberto Cernea
Beneficiário:Mariana Gonçalves Rodrigues
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Cabeça e pescoço   Tireoidectomia   Bócio nodular   Toracotomia   Exames médicos   Tomografia computadorizada   Registros eletrônicos de saúde   Dados clínicos   Estudos retrospectivos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:bócio mergulhante | complicações em tireoidectomia | Tireoidectomia | cabeça e pescoço

Resumo

Os bócios mergulhantes (BM), aqueles em que há extensão da tireoide além dos limites do pescoço para o mediastino, geralmente são muito volumosos e representam uma parcela importante das tireoidectomias realizadas na Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DCCP-HCFMUSP). A incidência de BM é muito variável na literatura, entre 5 e 20%. Essa diferença é explicada pela ausência de uma definição clara de BM. Rios e col encontraram 10 definições diferentes de BM. Ela depende do cirurgião, além de dados clínicos e radiológicos. Por este motivo é bastante difícil comparar o resultado dos estudos neste tema. Na DCCP-HCFMUSP utilizamos o critério clínico para definir BM e exames de imagem para determinar o grau de extensão mediastinal. A extensão caudal do bócio pode ser facilitada por uma série de motivos. Há baixa resistência devido a pressão negativa no tórax, ausência de barreira anatômica à descida, tração inferior na deglutição, gravidade, além de pacientes com pescoço e traqueia curtos, especialmente os que tem a musculatura cervical bem desenvolvida. O tratamento do BM é preferencialmente cirúrgico. Nesta situação a cirurgia é mais trabalhosa e prolongada, com maior índice de complicações durante e após a operação. Algumas vezes é necessária toracotomia para acesso à porção intratorácica do bócio. Artigos nesse assunto geralmente tem casuística pequena. As séries maiores não são homogêneas seja por longos períodos de tempo dos estudos ou serem estudos multi-institucionais. Este estudo tem por objetivo o levantamento da casuística de tireoidectomias realizadas para BM na DCCP-HCFMUSP, um Serviço universitário de ensino, com grande número de cirurgias para esta situação. A ênfase é em complicações e a necessidade de toracotomia. Os dados serão comparados a um grupo equivalente de tireoidectomias por doença limitada ao pescoço. Pacientes e métodos Levantamento retrospectivo de tireoidectomias feitas para BM (Grupo 1) e um número equivalente de tireoidectomias para doença cervical exclusiva (Grupo 2). A pesquisa será realizada em planilha eletrônica com os dados clínicos e cirúrgicos de todas as cirurgias do Setor de Doenças Benignas da Tireoide da DCCP-HCFMUSP. Os dados a ser estudados são:1-Identificação do paciente2-Função tireoidiana e presença de auto-anticorpos3-Uso de medicamentos para híper ou hipotireoidismo4-Sintomas compressivos respiratórios e digestivos no pré-operatório5-Achados ultra sonográficos e de tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética6-Punção biopsia7-Laringoscopia pré-operatória 8-Tipo de cirurgia (tireoidectomia total ou parcial)9-Tempo de cirurgia10-Necessidade e tipo de toracotomia11-Disfonia pós-operatória (clínica e laringoscopia)12-Função paratireoidiana pós-operatória (cálcio, PTH)13-Hematoma pós-operatório14-Necessidade de traqueostomia15-Mortalidade16-Débito do dreno17-Dia da alta18-Resultado anátomo-patológico19-Hipoparatireoidismo definitivo20-Lesão de nervo recorrente definitiva Na comparação entre os 2 grupos, para análise estatística, utilizaremos a Análise de Variância para as variáveis contínuas e o teste exato de Fischer para as variáveis não paramétricas, sendo as diferenças consideradas significativas quando p<0,05.Este estudo é parte de projeto de pesquisa aprovado pela Cappesq em 2011: Estudo das complicações das tireoidectomias em um Serviço Universitário de Ensino. Relevância: este levantamento terá uma das maiores casuísticas de BM já publicadas na literatura e irá mostrar nossa experiência no tratamento destes casos considerados difíceis pelos especialistas em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Veremos a percentagem de toracotomias e se as complicações específicas da cirurgia da tireoide são diferentes das operações para doença exclusivamente cervical.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)