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Fanerófitas alimentadas por formigas? Uma possível estratégia ante a escassez de nutrientes em uma floresta tropical

Processo: 14/14345-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de setembro de 2014
Vigência (Término): 30 de junho de 2015
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia de Ecossistemas
Pesquisador responsável:Gustavo Quevedo Romero
Beneficiário:Tháles Augusto Pereira
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Ciclagem de nutrientes   Plantas hospedeiras   Isótopos estáveis   Fanerógamas   Restinga   Florestas tropicais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aquisição de nutrientes | Interação formiga-planta | isotopos estáveis | Mirmecotrofia | Ouratea verticillata | Interações mutualísticas

Resumo

Muitas florestas tropicais encontram-se em um paradigma no qual sua vegetação exuberante contrasta com seus solos ácidos e distróficos, sendo a ciclagem de nutrientes e as estratégias adotadas pelos organismos, diante de tais limitações, fundamentais na estabilidade desses ecossistemas. A mirmecotrofia, por exemplo, associação em que formigas provisionam suas plantas hospedeiras com nutrientes, tem sido reconhecida como uma importante estratégia de aquisição de nutrientes em resposta aos solos lateríticos e oligotróficos desses ambientes, onde o nitrogênio apresenta-se como um dos principais limitantes. Além disso, estando esses dois táxons entre os mais abundantes e diversos em ecossistemas tropicais arbóreos, suas interações apresentam grandes impactos sobre as redes tróficas e a estruturação dessas comunidades. No domínio Atlântico, embora não se tenha registros desse fenômeno, observações de campo, em um ambiente de Mata de Restinga, têm fornecido evidências de um possível caso de mirmecotrofia. O arbusto Ouratea verticillata (Vell.) Engl. (Ochnaceae), em virtude de sua filotaxia alterna espiralada, acumula detritos sobre suas folhas, de modo que frequentemente são encontrados ninhos de formigas em suas regiões nodais e internodais. Nessas regiões, raízes adventícias, oriundas do próprio caule da planta, entremeiam-se ao formigueiro, o qual aparenta ser composto sobretudo por um material húmico, possivelmente depositado pelas formigas ali existentes. Este estudo, pelo emprego de métodos de análise isotópica com 15N, tem por objetivo compreender as interações presentes nesse sistema, avaliando a contribuição desses artrópodes na nutrição de suas plantas hospedeiras.

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