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O renascimento italiano entre palavra e imagem: uma análise dos estudos de Aby M. Warburg sobre a antiguidade e cultura burguesa florentina no século XV

Processo: 14/07921-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de julho de 2014
Vigência (Término): 31 de maio de 2016
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Claudia Valladão de Mattos Avolese
Beneficiário:Serzenando Alves Vieira Neto
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Historiografia   História da arte   História da cultura   Iconografia   Renascimento   Burguesia   Itália   Historiadores   Alemães
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aby Warburg | História da Arte e Cultura | História Intelectual | Historiografia do Renascimento | Historiografia da Arte

Resumo

O historiador hamburguês Aby Warburg (1866 - 1929) se configura entre os mais proeminentes historiadores da arte do século XX. Conhecido pela sua obra profundamente erudita, pela associação de seu nome ao método iconográfico e, sobretudo, pelo seu fascinante colecionismo que resultou em um dos mais notáveis institutos de pesquisa em história da arte e cultura no século XX. Sua produção intelectual foi dedicada à história da arte e da cultura, estas entendidas como uma unidade, uma vez que em todo o seu trabalho sempre buscou compreender a arte para além de suas características formais, perseguindo o significado da obra no universo histórico-cultural na qual estava envolvida, percebendo-a como oriunda da relação de indivíduos históricos específicos, da relação entre arte e religião, filosofia e literatura, fazendo assim uma história da arte a partir da íntima relação entre palavra e imagem. Suas pesquisas que passavam de temas como a sociedade burguesa florentina e o influxo da arte nórdica na Itália até à transmissão dos saberes astrológicos e práticas mágicas divinatórias na época da Reforma, se consagraram como fundamental para diversos estudiosos posteriores, seja pelas suas descobertas originais, seja pelas suas direções metodológicas. Atualmente a obra de Warburg se torna cada vez mais discutida e estudada enquanto uma das produções mais importantes do século passado. Esta pesquisa pretende justamente trazer à discussão o legado histórico-artístico deste historiador, com enfoque especial sobre seus escritos sobre a antiguidade e a cultura burguesa florentina do século XV. Este recorte aproxima esta pesquisa dos estudos da juventude, bem como dos seus primeiros anos de trabalho, uma vez que é justamente este período que se conecta mais diretamente à Florença e procura desvendar seu rico universo histórico-cultural. Têm-se três justificativas principais que testificam a necessidade desta pesquisa: (a) o nome de Warburg vem sendo gradualmente conhecido no Brasil, no entanto, carece da posição que lhe é devida e de sua efetiva incorporação nos debates historiográficos; (b) o recorte desta pesquisa bem como a metodologia adotada possibilita a percepção do diálogo da produção histórico-artística de Aby Warburg com sua época, perseguindo justamente as lacunas deixadas pela bibliografia crítica em se tratando da íntima relação com o contexto filosófico e com a historiografia da arte; (c) finalmente recentes publicações têm trazido materiais inéditos que podem lançar luz, sobretudo, a diversos problemas teóricos e filosóficos que subjazem à obra de Warburg, reforçando assim a importância de se retomar tópicos já consolidados. Portanto, esta pesquisa se insere em um debate sobre a obra do historiador hamburguês, percebendo-a dentro de um momento muito frutífero do desenvolvimento da história das ideias e da historiografia da arte. A análise das perspectivas metodológicas que alicerçaram suas pesquisas e permitiram resultados tão originais permite perceber os fundamentos que justificam o atual interesse pela sua obra, e mais, permitem aprofundar o conhecimento de um episódio crucial na trajetória da consolidação da disciplina História da Arte, bem como de um importante método de análise: o iconográfico. (AU)

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