Da passagem à cinemática: do fundamento da imagem cinematográfica a uma ciência da...
Roland Barthes começo e fim: rumores da língua e desditos da fotografia de arte
Processo: | 14/03385-3 |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado |
Vigência (Início): | 01 de outubro de 2014 |
Vigência (Término): | 17 de maio de 2015 |
Área do conhecimento: | Linguística, Letras e Artes - Artes - Cinema |
Acordo de Cooperação: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) |
Pesquisador responsável: | Francisco Elinaldo Teixeira |
Beneficiário: | José Rodrigo Paulino Fontanari |
Instituição Sede: | Instituto de Artes (IA). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil |
Assunto(s): | Cineastas |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | Cinema disnarrativo | Cinema moderno | neutro | Roland Barthes | Teoria da Imagem | Terceiro Sentido | Semiologia barthesiana |
Resumo O presente projeto de pesquisa debruça-se sobre a obra filmográfica de Alain Robbe-Grillet, buscando entendê-la à luz do conceito barthesiano de terceiro sentido, também chamado sentido obtuso, formulado, em 1970, nas páginas dos Cahiers du cinéma, no ensaio intitulado "O terceiro sentido. Notas de pesquisa sobre alguns fotogramas de S.M. Eisentein". Trata-se de um conceito que se refere a uma utopia da linguagem, um estado de "a-linguagem", de bloqueio em que parece ser abolido todo desejo e toda necessidade de proliferação e de desdobramento: signo de uma plenitude que suspende a linguagem e abole a significação. No plano imagético do cinematográfico seu correspondente seriam aqueles momentos em que a câmera apenas designa objetos, sem deixar a cena evoluir para o melodrama, que reclama por objetos mais conotados, carregados de significação. Partimos da hipótese de que a obra cinematográfica de Alain Robbe-Grillet constitui-se num nouveau cinéma suscetível de ser entendido à luz dos mesmos conceitos formulados por Roland Barthes para o Nouveau Roman. Metodologicamente, amparamo-nos em pesquisa bibliográfica de largo espectro, envolvendo estudos não apenas das revoluções do romance e do cinema, mas, também, da crítica em meados do século XX. Para interpretação e análise das imagens cinematográficas de Robbe-Grillet apoiar-nos-emos nos pressupostos teóricos barthesianos que fundam seu pensamento suis generis sobre as imagens técnicas. O corpus da pesquisa envolve a filmografia completa de Robbe-Grillet, num arco de acontecimentos que vai de L'année dernière à Marienbad (1961) a C'est Gradiva qui vous appelle (2006). Acrescenta-se a isso a obra escrita de Robbe-Grillet, de que cuidam os primeiros ensaios de Barthes e os mesmos ensaios críticos que os alvejam. Acreditamos que a relevância do trabalho esteja em contribuir para uma melhor compreensão das relações entre imagem e palavra e, ato contínuo, entre literatura e cinema. Vale destacar que os conceitos aqui trabalhados estão cada vez mais na mira dos estudiosos de Barthes, cuja obra, por sua vez, é cada vez mais estudada. (AU) | |
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