Bolsa 14/17852-2 - Quimioterapia, Resposta imune - BV FAPESP
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A sinalização mediada pelo receptor de PAF como fator limitante da quimioterapia antitumoral: avaliação da resposta imune e do microambiente tumoral

Processo: 14/17852-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2014
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2016
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Biologia Geral
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Roger Chammas
Beneficiário:Matheus Ferracini
Instituição Sede: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP). Coordenadoria de Serviços de Saúde (CSS). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/15719-0 - Associação de PRRs com receptores para mediadores lipídicos em macrófagos e células dendríticas, AP.TEM
Assunto(s):Quimioterapia   Resposta imune   Biologia celular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:fator ativador de plaquetas | Microambiente | quimioterapia | Receptor do PAF | resposta imune | tumor | Biologia Celular

Resumo

O receptor do fator ativador de plaquetas (PAF-R) é acoplado à proteína G e expresso por leucócitos, células endoteliais e alguns tipos de tumores. Sua ativação, além de estar classicamente relacionada com efeitos pró-inflamatórios, também induz fenótipo supressor em leucócitos e imunossupressão sistêmica. Além disso, há diversos trabalhos que mostram que o PAF-R contribui com o crescimento de tumores e sugerem que isto aconteça devido à supressão da resposta imune e também por contribuir com a formação do microambiente tumoral. Foi mostrado recentemente que antagonistas do PAF-R inibiram o crescimento de tumores e que a associação deles com quimioterapia potencializou esta inibição. Outro estudo mostrou que o tratamento de tumores com agentes quimioterápicos induziu a geração de ligantes do PAF-R e que isto resultou em aumento acelerado de um segundo tumor nos animais. Além disso, estudos sugerem que a ativação do PAF-R em células tumorais também contribui para o crescimento dos tumores. Em um deles, mostramos que o tratamento de células tumorais com um agente quimioterápico induziu aumento na expressão de PAF-R e que a ativação deste receptor aumentou a resistência das células à ação citotóxica do quimioterápico. Estes dados sugerem que o PAF-R contribui com o crescimento tumoral quando expresso tanto por células tumorais quanto não tumorais, e que sua ativação durante a quimioterapia pode ser um fator limitante deste tratamento. Porém, não se sabe sobre os mecanismos pelos quais o PAF-R atua, seja ele expresso em células tumorais ou não tumorais. Com este projeto, pretendemos estudar o papel do PAF-R no crescimento de tumores e no tratamento por quimioterapia, avaliando separadamente a participação do receptor quando expresso por células tumorais e não tumorais em parâmetros da resposta imune e microambiente tumoral. Para tanto, camundongos BALB/c WT e PAF-R KO serão injetados com linhagem de células tumorais de mama 4T1 transfectadas ou não com o PAF-R. Quando apresentarem tumores palpáveis (500 mm3), os animais serão tratados com doxorrubicina juntamente com agonista (CPAF) ou diferentes antagonistas do PAF-R, e o volume dos tumores medido a cada três dias. Ao final do experimento de crescimento tumoral, analisaremos a presença de sítios metastáticos em cortes de pulmão dos animais por microscopia. Além disso, faremos análises dos tumores para detecção de mudanças em parâmetros relacionados com a resposta imune e microambiente tumoral, como expressão de citocinas imunossupressoras e pró-inflamatórias (TGF-beta, IL-10, IFN-gama e IL-6), fatores pró-angiogênicos (VEGF, EGF, FGF e microvascularização), células da resposta imune (células T citotóxicas, T reguladoras, células supressoras derivadas da linhagem mieloide, macrófagos M2 e infiltrado inflamatório) e fatores relacionados com repopulação tumoral (COX-2 e ativação de caspase 3). Além dos estudos com tumores, estudaremos as células 4T1 in vitro para avaliar se o bloqueio ou ativação do PAF-R tem efeito sobre a ação citotóxica de quimioterápicos e se estes agentes induzem a geração de ligantes do PAF-R e aumento da expressão deste receptor. Para tanto, após tratamento das células com antagonistas ou agonista do receptor e com doxorrubicina, serão avaliados parâmetros de viabilidade/morte celular, níveis de expressão do PAF-R e produção de ligantes do PAF-R por bioensaio. Acreditamos que este projeto contribuirá com o entendimento dos mecanismos pelos quais o PAF-R atua no crescimento de tumores e sua participação como fator limitante da quimioterapia. (AU)

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