Bolsa 14/18878-5 - Hantavirus, Roedores - BV FAPESP
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Como a estrutura da paisagem afeta o risco de transmissão de hantavírus no cerrado e na Mata Atlântica do Estado de São Paulo, Brasil

Processo: 14/18878-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2015
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2015
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Pesquisador responsável:Jean Paul Walter Metzger
Beneficiário:Paula Ribeiro Prist
Supervisor: Maria Uriarte
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Columbia University in the City of New York, Estados Unidos  
Vinculado à bolsa:13/12515-5 - Como a estrutura da paisagem influência o risco de transmissão da Hantavirose no cerrado e na Mata Atlântica do Estado de São Paulo, BP.DR
Assunto(s):Hantavirus   Roedores   São Paulo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Configuração da paisagem | Estrutura da paisagem | Fragmentação | Hantavírus | Roedores | São Paulo | Ecologia de paisagem

Resumo

A Síndrome Pulmonar por Hantavirus (HPS) é uma doença provocada pelo Hantavirus, uma coleção de vírus de RNA de sentido negativo da família Bunyaviridae, que são altamente virulenta para os humanos. Roedores são a principal espécie hospedeira, mas exibem pronunciada variação em suas habilidades de servir como reservatórios. Estas espécies, no Brasil, são generalistas de habitat, e aumentam em abundância e se tornam mais virulentos em paisagens antrópicas, aumentando o risco de transmissão desta doença. Isto deve ocorrer pois alterações antrópicas da paisagem alteram tipicamente a estrutura da paisagem, com implicações para a estrutura da comunidade de roedores, e assim para a densidade populacional da espécie reservatório. A composição de habitat (proporção de habitat nativo e introduzido) e a configuração (e.g. quantidade de borda na paisagem, número de fragmentos), influenciam a estrutura da comunidade de roedores (e.g. habitats fragmentados levam a perda de espécies especialistas e ao empobrecimento da comunidade de pequenos mamíferos, o que leva ao aumento da densidade de algumas espécies generalistas, incluindo as espécies reservatório de hantavirus). No brasil, nenhum estudo específico sobre estrutura da paisagem, fragmentação e transmissão de hantavirus foi encontrado, mas outros estudos conduzidos em florestas tropicais indicam que deve haver um efeito positivo da perda de habitat, fragmentação e da composição da paisagem na transmissão desta doença. Assim, os objetivos deste estudo são: (i) quantificar quais componentes chaves da estrutura da paisagem (composição de habitat, configuração e quantidade de borda), influenciam na transmissão de hantavirus no estado de São Paulo, Brasil; (ii) a partir destes componentes, identificar e criar um mapa de áreas de risco para o estado; (iii) explorar como possíveis cenários de mudanças climáticas podem influenciar no risco de transmissão da doença e (iv) explorar como diferentes cenários de restauração florestal podem influenciar no risco de transmissão da doença. Para isso nós iremos usar modelos espaciais hierárquicos bayseanos, que irão incluir variáveis de clima, estrutura da paisagem, e adequabilidade de habitat, preditos por modelagem de nicho. Acreditamos que áreas com uma menor cobertura florestal e uma maior quantidade de fragmentos e de área de borda ira também ter um maior número de casos de doenças. Para os cenários preditivos, acreditamos que cenários de clima que mostram um aumento da quantidade de precipitação, irão provocar um aumento no risco de transmissão da doença; ao mesmo tempo, acreditamos que cenários de restauração que aumentem a cobertura florestal, a conectividade e diminuem a quantidade de borda das paisagens irá provocar uma diminuição do risco de transmissão de HPS. Através destes estudos objetivamos entender melhor como as atividades humanas estão alterando e modulando a transmissão de doenças infecciosas aos humanos, e informar medidas preventivas com o objetivos de reduzir a mortalidade da infecção por hantavirus. (AU)

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