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Projeto de pesquisa para estágio de pesquisa no exterior vinculado ao projeto de doutorado: O adultério, a política imperial, e as relações de gênero em Roma (31 A.C. - 68 D.C.)

Processo: 15/02566-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 10 de maio de 2015
Vigência (Término): 30 de abril de 2016
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
Pesquisador responsável:Norberto Luiz Guarinello
Beneficiário:Sarah Fernandes Lino de Azevedo
Supervisor: Carlos Machado
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: University of St Andrews, Escócia  
Vinculado à bolsa:12/19662-0 - O adultério, a política imperial, e as relações de gênero em Roma (31 a.C - 68 d.C.), BP.DR
Assunto(s):Império Romano
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aristocracia romana | Dinastia Júlio-Cláudia | Estudos de gênero e sexualidade | Império Romano

Resumo

Este projeto tem por objetivo propor um estudo acerca das práticas e das concepções do adultério entre a aristocracia romana, durante o período da dinastia Júlio-Cláudia (31 a.C. - 68 d.C.). Uma das concepções de adultério é informada pela Lex Iulia de adulteriis (Lei Júlia sobre adultério). Esta lei, promulgada por Augusto, em 18 a.C., definia o adultério como uma relação sexual entre uma mulher casada e um homem que não era seu marido. Ambos eram incriminados, a esposa adúltera e o homem que cometia a ofensa contra o marido dela. Se condenados, a lei previa que fossem relegados para ilhas diferentes, parte de seus bens era confiscada - ao homem, metade de sua propriedade; à mulher, metade de seu dote e um terço de seu patrimônio. A lei fez parte de uma reforma de cunho moral e com fins políticos iniciada por Augusto, após pôr fim às Guerras civis (31 a.C.). A intenção da reforma era reestruturar a política romana, legitimar uma nova forma de governo baseada em ideais dinásticos, e, deste modo, efetivar a transição do regime republicano para o imperial. Nota-se que o alvo principal da lei era as mulheres. Desta forma, uma contradição se torna flagrante: se a legislação visava restabelecer a ordem política, por que criar leis para controlar as mulheres, uma vez que, teoricamente, estas não participavam da política? Qual a conexão entre o comportamento sexual feminino e a política imperial? De que maneira categorias como feminino e masculino, público e privado, são delineadas por meio desta e de outras noções de adultério? Como é possível perceber e compreender as relações de gênero por meio da apreensão das concepções de adultério? A partir destas perguntas, e tendo a Lei Júlia sobre adultério como ponto de partida, pretendemos problematizar e explorar as concepções de adultério que circulavam na aristocracia romana. Analisando documentos de natureza jurídica e literária, temos como objetivo demonstrar as nuances presentes em diferentes significados e representações relacionados ao adultério. (AU)

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