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A morte voluntária na Medicina e na Literatura fluminense (1835-1895)

Processo: 15/01094-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de maio de 2015
Vigência (Término): 31 de outubro de 2016
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Jean Marcel Carvalho França
Beneficiário:Davi Machado da Rocha
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
Assunto(s):Medicina   Literatura brasileira   Suicídio   História do século XIX   Rio de Janeiro (RJ)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Literatura | Rio de Janeiro | Saber médico | Século XIX | suicídio | Cultura escrita no Brasil oitocentista

Resumo

A partir de meados da década 30 e ao longo do século XIX, o problema da morte voluntária preencheu muitas páginas de diversos jornais e periódicos que circularam na cidade do Rio de Janeiro. Recorrentes suicídios de escravos, de mulheres, de comerciantes e de outros atores da sociedade fluminense motivaram variadas reflexões entre os intelectuais brasileiros, que tentaram explicar e combater as causas deste fenômeno que contrariava a vontade de Deus e a natureza humana. Tais reflexões serão objeto de estudo desta pesquisa, que procura examinar a forma de descrição do fenômeno da morte voluntária, de 1835 a 1895, a partir de dois discursos: o da Medicina e o da Literatura. Nesse período, com a criação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1832) e o desenvolvimento de uma literatura preocupada com a educação e formação moral do público leitor, observa-se uma produção regular de teses médicas, notícias, crônicas e romances que denunciavam a recorrência de suicídios e tentavam demarcar as condutas e as determinações sociais que incidiam sobre esta prática, tais como, a loucura, a jogatina, os desarranjos financeiros, as paixões desregradas, a incredulidade entre outras expressões dos vícios que passaram a corromper a sociedade com o advento da vida urbana e moderna. Nesse sentido, a hipótese que guiará esta pesquisa é a de que a Medicina e a Literatura, na medida em que partilhavam o interesse em construir o Brasil em termos modernos, urbanos e civilizados, compreenderam a morte voluntária como um problema de ordem moral, que deveria ser combatido no âmbito das paixões e costumes através da educação. Dessa forma, tais discursos adquiriram um caráter prescritivo da vida social fluminense, trazendo à tona os valores e sentidos construídos por essa sociedade para orientar a vida de seus membros. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
ROCHA, Davi Machado da. A morte voluntária na medicina e na literatura fluminense. 2016. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Franca Franca.

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