Resumo
A existência dos depósitos e relevos tecnogênicos tem sido descrita com maior frequência nas últimas décadas. O termo depósito tecnogênico foi usado por Chemekov (1983) e posteriormente utilizado por vários pesquisadores no Brasil, como Oliveira (1990) e Peloggia (1996). Apesar de diferentes nomenclaturas usadas para este tipo de depósito e relevo serem desenvolvidas por distintos grupos de pesquisadores, uma característica comum é que são reconhecidos por serem formados através da ação direta e indireta do Homem. Com a recente discussão sobre a inclusão do Antropoceno como nova época na escala do tempo geológico, sendo que esta definição relaciona-se diretamente com a transformação causada pelo ser humano nas paisagens, os depósitos e relevos tecnogênicos encontram-se entre as principais evidências para esta proposta. Este projeto tem como principal objetivo a compreensão dessas formações através de novas técnicas e ferramentas usadas pela equipe da British Geological Survey (BGS), que tem focado nos estudos das deposições antropogênicas (FORD et al., 2014, tradução nossa) e dos Terrenos Artificiais (PRICE et al., 2011, tradução nossa), no sentido de realizar uma avaliação regional através de mapeamentos geológicos. Compreender as composições dos Terrenos Artificiais pode ajudar em diferentes levantamentos sobre a estabilidade do terreno, potenciais fontes de contaminação, taxas de infiltração de água subterrânea, e outros. A equipe da BGS tem desenvolvido novas metodologias para auxiliar no tratamento e exibição dos dados sobre os Terrenos Artificiais. Desta forma, a presente proposta de estudo foi definida em conjunto com a equipe mencionada, escolhendo-se como área a Cidade de Londres, Grande Londres, como foco da pesquisa proposta. Pretende-se que as técnicas aprendidas auxiliem na interpretação dos dados obtidos na pesquisa no Brasil, assim como a visualização dos mesmos, especialmente em modelos 3D (três dimensões). (AU)
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