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Entre o texto e o não texto: o contínuo do rascunho em tradução em Mon coeur mis à nu, de Charles Baudelaire

Processo: 15/14677-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2015
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2018
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Estrangeiras Modernas
Pesquisador responsável:Álvaro Silveira Faleiros
Beneficiário:Thiago Mattos de Oliveira
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Charles Baudelaire | Contínuo do rascunho | Mon coeur mis à nu | Retradução | Tradução literária em francês

Resumo

Propomos, neste projeto, uma retradução de Mon coeur mis à nu, de Charles Baudelaire. Em nossa pesquisa de mestrado (bolsa Fapesp, processo 2014/01489-6), propusemos uma análise historicizada e relacional das (re)traduções brasileiras de Mon coeur mis à nu, texto (se é texto) que Baudelaire nunca chegou a concluir. O que hoje se denomina Mon coeur mis à nu é um conjunto de notas, parágrafos mais ou menos concluídos, lembretes e planos de texto agrupados e encadernados por Poulet-Malassis, editor das Fleurs du mal, após a morte do poeta. Percebendo que as (re)traduções brasileiras atenuam (ou mesmo apagam) seu aspecto inacabado e movente, propomos nesta pesquisa de doutorado uma (re)tradução que parta exatamente das suas latências, virtualidades e variabilidades, a fim de introduzir no sistema literário brasileiro um Mon coeur mis à nu que ilustre essa movência baseada em uma série de tensões fundamentais subjacentes a esse tipo de escritura: tensão entre texto e processo; obra e projeto; necessidade de ordenação e impossibilidade de ordenação; escritura por vir e escritura em processo; fechamento e abertura; livro e não livro. Desenvolvemos, ainda, uma reflexão teórica nos estudos da tradução, propondo, via Meschonnic, a noção de contínuo do rascunho, que busca dar conta da tradução desse tipo de texto. Resumidamente, defendemos que essa dimensão inacabada, indefinida e indefinível de Mon coeur mis à nu pode ser encarada, nos Estudos da Tradução, como um contínuo, isto é, um modo de organizar o movimento da escritura, o que o discurso faz. No que diz respeito à realização prática de uma tradução, buscamos desenvolver também pontos de articulação entre os estudos da tradução e os estudos da crítica genética (Galíndez-Jorge, Zular etc.) e da editoração (Pizarro, Portela, Vandendorpe etc.), na tentativa de elaborar estratégias práticas de tradução, escritura e editoração que nos auxiliem nessa tarefa que está na base mesma da retradução, isto é, construir e dar a ver uma nova maneira de (re)ler, (re)escrever e (re)significar Mon cSur mis à nu no Brasil.

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
OLIVEIRA, Thiago Mattos de. O rascunho contínuo: duas retraduções de Mon coeur mis à nu, de Charles Baudelaire. 2018. Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.

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