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Xantona lipossomal: efeito de polímeros nas propriedades físico-químicas dos lipossomos e no potencial antialérgico

Processo: 15/22373-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2016
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2016
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia
Pesquisador responsável:Rose Mary Zumstein Georgetto Naal
Beneficiário:Bianca Bueno Fontanezi Dias Mello
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Nanotecnologia   Antialérgicos   Lipossomos   Xantonas   Bioatividade   Toxicidade   Propriedades físico-químicas   Técnicas in vitro   Modelos animais de doenças
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:lipossomos | Mangiferina | Peg | Potencial antialérgico | substâncias naturais | Nanotecnologia de Substâncias Naturais

Resumo

A mangiferina (Mgf), uma C-glicosil-xantona, é uma substância bioativa presente em várias plantas incluindo a Mangifera Indica L. (popular mangueira). Em Cuba, a mangiferina é encontrada como composto majoritário do Vimang®, um extrato padronizado e registrado pelas Autoridades Cubanas Reguladoras de Saúde como um fitomedicamento anti-inflamatório. Outras atividades biológicas importantes como antiviral, antitumoral, antidiabetes e antialérgica têm sido relatadas para a Mgf, sendo a última o nosso foco de interesse, em função do número crescente de indivíduos alérgicos em todo o mundo. Em modelos animais de alergias, a Mgf reduz significativamente os níveis de IgE, as reações anafiláticas, as reações cutâneas induzidas por histamina e inibe a proliferação de linfócitos, o que a coloca em evidência como um composto promissor no tratamento de alergias. Apesar do potencial farmacológico da Mgf, parte de sua eficiência terapêutica é desperdiçada em decorrência da baixa solubilidade em água e susceptibilidade à fotodegradação, ou oxidação química, em solução, além da rápida eliminação do organismo. Estes problemas restringem seu uso como fitomolécula mas podem ser contornados pela incorporação do bioativo em lipossomos, os quais são excelentes candidatos a nanocarreadores devido à biocompatibilidade e versatilidade no ajuste da sua composição lipídica e das suas propriedades físico-químicas. A tecnologia dos lipossomos tem sido aplicada às fitomoléculas para uso em diversos segmentos terapêuticos tais como quimioterápicos, antioxidantes e outros. No caso de polifenóis, a maioria das formulações lipossomais têm sido desenvolvidas para serem usadas como antioxidantes, o que justifica o estudo de uma formulação lipossomal, contendo a Mgf, para uso como antialérgico. Estudos relatam que a eficácia dos polifenóis aumentam quando incorporados em lipossomos. Porém, o rendimento de encapsulação é baixo, e um desafio a ser vencido, uma vez que depende da estrutura do bioativo, da composição lipídica, da razão bioativo: lipídeo e da forma de preparação do lipossomo. Além disso, a viabilidade de uso do bioativo lipossomal pela rota parenteral (Exs: intravenosa, intraperitoneal), requer a modificação da superfície lipossomal com proteínas, polissacarídeos ou polímeros que previnam o ataque de proteínas do sangue e a eliminação prematura do lipossomo pelo sistema imune. O polímero polietileno glicol (PEG) é considerado uma boa opção para esta proposta uma vez que é solúvel em água, atóxico, biocompatível e aprovado pela FDA para uso dérmico, oral, e intravenoso, em humanos. Resultados recentes obtidos no grupo mostraram que lipossomos de DMPC: DOTAP:Col, incorporam aproximadamente 30% da Mg, melhoram a biodisponibilidade do ativo e o potencial antialérgico. Estes resultados abriram perspectivas de novos estudos com modificações na composição lipossomal visando contribuir com o desenvolvimento de uma formulação físico-quimicamente estável, com maior eficiência de incorporação da Mgf e maior tempo na circulação sistêmica. Ressalta-se que, apesar de sua ampla propriedade farmacológica, a Mgf é, ainda, pouco explorada em estudos concernentes à incorporação em lipossomos, o que reforça a relevância deste estudo. Assim, o objetivo deste trabalho é aumentar a eficiência de encapsulação da Mgf através de variações na composição lipídica do lipossomo (DMPC:DOTAP:Col) e na razão bioativo: lipídeo. Pretende-se, ainda, inserir o polímero PEG 4000 na composição lipossomal e avaliar a sua influência na incorporação do bioativo. Além da eficiência de incorporação, serão exploradas as propriedades físico-químicas tais como tamanho, estabilidade, velocidade de liberação in vitro, temperatura de transição de fases do lipídeo, toxicidade e potencial antialérgico. O sucesso desse estudo poderá ser útil no uso da Mgf para fins terapêuticos diversos, além do antialérgico. (AU)

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