Resumo
Os tumores de Wilms são tumores embrionários, que apresentam heterogeneidade morfolológica, com três componentes, blastematoso, epitelial e estromal. Mutações em genes conhecidos, como WT1, CTNNB1, WTX, DROSHA, SIX2, MYCN, TP53, e outros em menor proporção se sobrepõem e são encontrados em 30% dos casos analisados. Por outro lado, a perda do imprinting em 11p15, resultando na super-expressão de IGF2 é encontrada em cerca de 70% dos casos. Isoladamente, nenhuma das alterações é capaz de formar tumores em modelos animais. A metilação é associada com a plasticidade celular, ou seja, a capacidade de uma célula se adaptar às diferentes condições. A hipermetilação do promotor de CDH1 é responsável pela repressão da expressão de caderina-E, sendo este considerado como o primeiro passo do processo de transição epitélio-mesenquima associado com a formação de metástase. O objetivo deste projeto é caracterizar os perfis de metilação em tumores de Wilms, respectivos normais e metástases pulmonares em busca dos mecanismos envolvidos com a formação de metástases. Estas amostras vieram em uma colaboração com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), Rio de Janeiro. Para tanto, será utilizada a lâmina HM450K BeadChip (Illumina), que interroga cerca de 485,000 sítios CpGs, em amostras parafinadas para permitir uma melhor caracterização morfológica das células que serão avaliadas. Para identificar as alterações de metilação, serão usados pacotes de análise de metilação disponíveis no Bioconductor (www.bioconductor.org).
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