Resumo
Nas últimas décadas, intensifica-se o debate sobre o conhecido mito da juventude eterna e consequentes crenças e ações em torno da negação da velhice. Além das inúmeras consequências para a vida social, essa dinâmica apresenta-se como um desafio no cenário do aumento da longevidade. Objetivos: investigar e comparar, no contexto da educação informal, como a aparência de octogenárias brasileiras e espanholas é construída, visando engajamento social. Justificativa: problematizar e combater mitos e fomentar a heterogeneidade na velhice, além de compreender o potencial da variável aparência para a gestão da velhice e do envelhecimento. Método: pesquisa qualitativa, do tipo exploratória e descritiva, orientada pelo método etnográfico. Utilização das técnicas: observação livre e participante, conversas informais, entrevista em profundidade, documentação e registro fotográfico. Uso de caderno de campo e roteiro semiestruturado. As participantes serão: 1) mulheres octogenárias brasileiras e espanholas; 2) moradoras a maior parte da vida nas cidades de interesse da pesquisa; 3) participantes da vida comunitária; 4) donas de casa na velhice; 5) de baixa renda e escolaridade; 6) sem comprometimento cognitivo. A coleta de dados ocorrerá nas cidades de São Paulo e Madrid, especialmente na casa das participantes, que serão localizadas em núcleos de convivência para idosos. Questões Éticas: uso de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Levantamento e revisão bibliográfica: uso das bases de dados da Universidade de São Paulo (USP), em especial, Ageline. Palavras-chave: longevas, aparência, educação informal, engajamento social, mulheres, Brasil, Espanha.
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