Bolsa 16/09183-9 - Sociologia da cultura, Cultura - BV FAPESP
Busca avançada
Ano de início
Entree

Os artífices de um gosto mundializada

Processo: 16/09183-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2016
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2016
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia
Pesquisador responsável:Renato José Pinto Ortiz
Beneficiário:Renato José Pinto Ortiz
Pesquisador Anfitrião: Afranio Garcia
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Fondation Maison des Sciences de l'Homme, França  
Assunto(s):Sociologia da cultura   Cultura   Classe social   Discriminação social   Mundialização   Globalização
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Classes Sociais | Mundialização | Sociologia da Cultura

Resumo

A questão deste projeto de pesquisa é: como se constitui, em escala global, padrões legítimos de um gosto dominante. Trata-se portanto de um "objeto global" o que dá continuidade a uma série de estudos que venho desenvolvendo sobre a relação entre mundialização e cultura. O padrão do gosto que me proponho a analisar não se confunde com a serialização. Significa a existência de determinadas normas estéticas que se impõem como legítimas. Neste sentido o mundo é um universo hierarquizado no qual determinadas normas adquirem ascendência sobre outras. Não estou me referindo portanto à existência de um gosto mundial no singular, algo que pudesse ser compartilhado por "todos" em qualquer lugar do planeta, mas à configuração de padrões de autoridade que se impõem na situação de globalização. Esses padrões são produzidos por agentes específicos, em determinados círculos da esfera cultural, e possuem uma abrangência mundial. Insisto nesta dimensão do fenômeno. O processo de globalização implica a existência de instâncias mundiais de legitimidade, instâncias que diferenciam-se de outras de natureza local ou nacional. Para entendê-las, no sentido em que elas hierarquizam as práticas sociais, é preciso situar a análise no âmbito da modernidade-mundo. Trata-se assim de compreender como se institui a autoridade deste padrão que serve de referência simbólica para a distinção social daqueles que dele se apropriam. Uma pesquisa deste tipo pressupõe uma pergunta: como construir o objeto sociológico? Creio que a maneira de enfrentá-la empiricamente é escolher alguns elementos heurísticos que nos permitem trabalhar a questão proposta. Desta forma conseguiremos traduzir um problema teórico numa investigação empírica. Minha proposta é tomar como ponto de partida a esfera do luxo. Ela congrega duas dimensões que me interessam: separa o luxo dos bens de massa e populares e possui um alcance global. Um aspecto importante do problema diz respeito ao mercado: os bens de luxo são vendidos e consumidos em "todos os lugares" (ou seja, determinados lugares) do planeta. Isso significa que obrigatoriamente a análise deve tomar em consideração os artífices deste processo, os agentes, suas estratégias, concepções, análises, acertos e equívocos. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)