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Bivalves da Formação Crato (Cretáceo), Bacia do Araripe, Brasil e suas implicações paleoambientais e paleogeográficas

Processo: 16/14396-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de outubro de 2016
Vigência (Término): 30 de junho de 2017
Área do conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geologia
Pesquisador responsável:Marcello Guimarães Simões
Beneficiário:Victor Ribeiro da Silva
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Paleogeografia   Paleoambientes   Estratigrafia   Cretáceo   Tafonomia   Bivalvia   Moluscos   Revisão taxonômica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:bacia do Araripe | Cretáceo | Formação Crato | Paleontologia Estratigráfica | Sistematica | Tafonomia | Paleontologia Estratigráfica

Resumo

Com aproximadamente 50 a 60 metros de espessura, a Formação Crato, Aptiano, Bacia do Araripe, compreende calcários laminados intercalados com argilitos e arenitos finos. A unidade jaz entre os folhelhos betuminosos das "Camadas Rio da Batateiras", Formação Barbalha, abaixo, e os primeiros evaporitos da Formação Ipubi, acima. A porção basal da unidade, com cerca de 10 a 13 metros de espessura, inclui calcários laminados, possivelmente gerados sob influência microbiana em ambiente lacustre, provável hipersalino. A unidade compreende um dos mais espetaculares depósitos fossilíferos, de idade cretácea do mundo, contendo rica e, excepcionalmente bem preservada, biota fóssil. Nesse sentido, seus depósitos são considerados do tipo Konservat-Lagerstätten. A despeito disso, porém, existem ainda muitas controvérsias relacionadas ao paleoambiente nos quais esses depósitos foram geradados, em especial sobre a influência marinha (ou não) durante a deposição dos argilitos e arenitos que imediatamente sucedem os calcários laminados ricamente fossilíferos. A sucessão sedimentar em foco está bem exposta nas pedreiras de exploração de calcário (= Pedra Cariri) no município de Nova Olinda, Estado do Ceará. Desde meados dos anos 2000, a presença de moluscos bivalves, acima dos calcários laminados, é conhecida. Esses invertebrados fósseis podem, potencialmente, constituir ferramenta importante na análise paleoambiental, provendo informações sobre a possível influência marinha (ou não), nesse intervalo da sucessão sedimentar. Essa hipótese (i.e., influência marinha) tem profundas implicações nas reconstruções paleogeográficas do Aptiano, da Bacia do Araripe, cuja história está, em grande parte, associada ao desmantelamento do Gondwana e a abertura do Oceano Atlântico. Notavelmente, entretanto, mesmo após 10 anos dos primeiros registros desses fósseis, eles permanecem ainda não formalmente descritos ou estudados. Durante os trabalhos de campo realizados na Bacia do Araripe, nos últimos dois anos, no âmbito de projetos CNPq, FAPESP e FUNDUNESP-Petrobras, membros de nosso grupo de pesquisa coletaram mais de uma centena de espécimes de bivalves fósseis, nos estratos sedimentares imediatamente sobrepostos aos calcários laminados, muitos em excelente qualidade de preservação. No momento, esses exemplares estão depositados na coleção científica do Instituto de Biociências, UNESP, campus de Botucatu e disponíveis para estudo imediato. Nesse contexto, o principal objetivo desse projeto de Iniciação Científica é: (a) prepar os exemplares de bivalves fósseis da Formação Crato, (b) descrevê-los e, pela primeira vez, (c) classificá-los, do ponto de vista taxonômico. Para realizar tal tarefa a coleção disponível será investigada utilizando-se técnicas paleontológicas padrão. Ao final, uma classificação taxonômica dos bivalves, ainda que preliminar, deverá ser apresentada, incluindo-se também interpretações tafonômicas e paleoecológicas, com a finalidade de prover evidências sobre a influência marinha (ou não) nos estratos estudados da Formação Crato. (AU)

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