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Impacto de corticoterapia no processo inflamatório de biópsia muscular de dermatomiosite e polimiosite

Processo: 16/15258-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de setembro de 2016
Vigência (Término): 31 de maio de 2017
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Samuel Katsuyuki Shinjo
Beneficiário:Juliana de Jesus Do Nascimento
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:14/09079-1 - Impacto de corticoterapia no processo inflamatório de biópsia muscular de dermatomiosite e polimiosite, AP.R
Assunto(s):Polimiosite   Miosite   Dermatomiosite   Corticoterapia   Biópsia   Reumatologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:biópsia muscular | dermatomiosite | Miopatias inflamatórias idiopáticas | polimiosite | Reumatologia

Resumo

As miopatias inflamatórias idiopáticas são um grupo heterogêneo de miopatia autoimune rara, crônica, sistêmica, associada a uma alta morbidade e incapacidade funcional. São subdivididas em dermatomiosite (DM), polimiosite (PM), miosite por corpúsculo de inclusão (MCI), dermatomiosite juvenil (DMJ), miopatia necrotizante autoimune, entre outras. Cada uma apresenta características epidemiológicas, histológicas, imuno-histoquímicas, patológicas e evolutivas distintas. Para o diagnóstico definitivo de DM/PM, além da presença de fraqueza muscular simétrica proximal dos membros, aumento de enzimas musculares, eletromiografia evidenciando a presença de miopatia dos membros, é fundamental a identificação de processo inflamatório em amostra de biópsia muscular destes pacientes. Neste caso, de um modo geral, verifica-se predomínio de infiltrado de células CD8+ em tecidos musculares de PM e MCI, e infiltrado de células CD4+ associado a linfócitos B, em DM. A função destes linfócitos T (CD4+ e CD8+), por sua vez, é determinada pelo complexo maior de histocompatibilidade (MHC). Essas células reconhecem um antígeno ligado ao MHC classes I ou II. No caso de moléculas de MHC I, há apresentação de antígenos derivados de uma proteína endógena ou peptídeos para linfócitos T, expressando glicoproteinas CD8+, enquanto que as moléculas MHC II apresentam antígenos derivados de proteínas exógenas ou endógenas para linfócitos T, expressando CD4+. MHC II está expressa principalmente nos macrófagos, nos monócitos e nos linfócitos B, enquanto que a MHC I, na maioria das células. De um modo geral, o tratamento de DM/PM se baseia em corticosteroide e de diferentes tipos de imunossupressores (metotrexato, azatioprina, ciclosporina, entre outros). Introdução precoce destas medicações, particularmente de corticosteroide, pode permitir um controle mais rápido e efetivo da atividade destas doenças e, assim, mudando o seu prognóstico e minimizando a morbimortalidade. Em contrapartida, embora não comprovada cientificamente, acredita-se que uma introdução precoce de corticosteroide pode interferir imediatamente no processo inflamatório encontrado em tecidos musculares de pacientes com DM/PM. Para contornar este obstáculo, tem se postergado na prática clínica a introdução de terapia medicamentosa antes da realização das biópsias musculares. Seguindo este mesmo raciocínio, na prática médica, têm se evitado realizar as biópsias musculares em indivíduos já em vigência de corticosteroides, com o receio de que não visualizassem mais sinais sugestivos de miopatias inflamatórias e, assim, evitando submeter desnecessariamente os pacientes a uma intervenção cirúrgica. Além disto, não se sabe o impacto do uso de corticosteroide na expressão gênica de proteínas relacionadas com processo inflamatório e na expressão de MHC I e II e de fenotipagem encontrada nas biópsias musculares. (AU)

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