Estudo da associação entre o desfralde e o uso de pronome em primeira pessoa (eu) em crianças

• Processo: 15/26475-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2016
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2017
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
• Pesquisador responsável: Rogerio Lerner
• Beneficiário: Anna Victória Pandjarjian Mekhitarian Moraes
• Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Crianças Desenvolvimento humano Desenvolvimento da linguagem Linguagem
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: controle esfincteriano | crianças | desenvolvimento humano | desfralde | Eu | Linguagem | Noção de si mesmo e controle esfincteriano

Resumo

É notória a confluência do período de vida em que ocorre o desfralde e em que se inicia, na fala, o uso do pronome em primeira pessoa (eu). O desfralde se estabelece, na maioria das culturas, entre 24 e 36 meses (Mota, 2008; Mota & Barros, 2008), ocorrendo o mesmo para o uso do pronome pessoal eu na fala (site Johns Hopkins Medicine, acesso em maio de 2016). A despeito dessa evidente aproximação temporal, são raras as pesquisas que se dedicam a investigar uma possível associação entre esses marcos do desenvolvimento humano. Em virtude desse fato, a partir de uma perspectiva teórica winnicottiana, o presente projeto tem por objetivo investigar a relação entre transformações na maneira de lidar com o próprio corpo e no uso da linguagem. Para tanto, serão tomados como base os seguintes referentes comportamentais: etapas envolvidas na conquista do desfralde e o uso de pronomes em primeira pessoa para fazer referência a si mesmo. Trata-se de um estudo de caso com três crianças acompanhadas durante um período de dez meses cada, de forma a haver períodos de superposição de idade para fins de estudo comparativo (as idades iniciais serão de 18, 22 e 26 meses). Serão realizadas, mês a mês, sessões lúdicas que buscarão investigar o uso, por parte das crianças, de marcadores da noção de si mesmo na fala. O desenvolvimento do controle do próprio corpo será investigado a partir de entrevistas semi-dirigidas também mensais com os cuidadores principais da criança. As sessões lúdicas serão filmadas e as entrevistas serão registradas pela pesquisadora em um diário de campo. Os dados compilados serão analisados qualitativamente. (AU)