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A mulher política no discurso midiático: o caso Maria do Rosário e Jair Bolsonaro na imprensa brasileira

Processo: 16/19025-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2016
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2017
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Vanice Maria Oliveira Sargentini
Beneficiário:Bianca Araujo Ribeiro Lemes
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Análise do discurso   Relações de gênero
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Acontecimento discursivo | Discurso Político | memória discursiva | Mídia | Analise do discurso

Resumo

Há tempos a mulher brasileira é subjetivada por meio, fundamentalmente, de dois campos discursivos: o midiático e o político. É perceptível, contudo, uma mudança de estatuto quando ocorre um deslocamento do espaço privado para o público, com a inscrição da mulher no campo político, em cargos legislativos e, especialmente, executivos, possibilitando também novas formas de subjetivação que retomam memórias de seu papel na sociedade e que criam enfretamentos e resistências. Neste trabalho, então, propomos a análise do discurso midiático que centra seu dizer no papel da mulher na sociedade contemporânea e, especialmente, na política. Para isso, tomaremos como referência o caso que envolveu uma discussão, em plenário, em dezembro de 2014, entre os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Maria do Rosário Nunes (PT-RS), então ministra dos direitos humanos, quando aquele disse que "não a estuprava porque ela não merecia". Nosso corpus é composto por textos, que retomam o acontecimento tornado discursivo, de diferentes gêneros (notícias, editoriais, artigos de opinião, reportagens etc.) publicados, entre 8 e 21 de dezembro de 2014 (duas semanas), por quatro veículos de grande circulação no Brasil: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Carta Capital e Brasil de Fato. Ancorados na Análise do discurso de linha francesa, a partir dos trabalhos de Michel Pêcheux e seu grupo, e em diálogo com a perspectiva arquigenealógica de Michel Foucault, buscaremos compreender, com isso, a construção discursiva e processos de subjetivação da mulher (política) brasileira contemporânea, tendo os seguintes objetivos específicos: a) verificar como os diversos textos são construídos sintaticamente: qual a frequência de utilização de verbos e adjetivos que permite a emergência de certos sentidos e, por consequência, interdita outros; b) observar quais memórias (discursivas) se fazem presentes no discurso contemporâneo sobre a mulher brasileira na mídia, quais enunciados são recuperados e desencadeados; c) a partir da categoria de interdição (FOUCALT, [1971] 2004), apontar sujeitos autorizados a defender posições, que podem ser múltiplas, e como se constitui a voz do outro; d) descrever o funcionamento discursivo dos textos em ampla circulação nestes veículos midiáticos, partindo da premissa de que funcionam como comentários, no sentido dado ao conceito por Foucault ([1971] 2004) (AU)

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