Resumo
As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. Essas doenças são consideradas um grande problema de saúde pública em países pobres, em guerra civil ou em desenvolvimento, como o Brasil. Devido às complexas habilidades do parasita em sobrevier e se multiplicar em células mononucleares fagocíticas de hospedeiros vertebrados e, ainda, permanecer viável no trato digestório do vetor, esses microrganismos são fontes de infecção tanto em indivíduos imunocompetentes como imunocomprometidos, principalmente HIV/AIDS. Além da elevada taxa de diagnóstico tardio, o tratamento das leishmanioses é altamente tóxico e de alto custo. Dessa forma, a busca por métodos de tratamento alternativos e, ou, complementares para essa protozoose faz-se necessária. Além disso, a desregulação da atividade macrofágica é determinante no desenvolvimento da doença, por desencadear uma resposta inflamatória intensa, não protetora, e por inibir a polarização da resposta imune celular. Nos últimos anos, diversos estudos têm demostrado a atividade leishmanicida e imunomodulatória de extratos e óleos essenciais de plantas brasileiras. No presente estudo, temos por objetivo avaliar a ação leishmanicida e, ou, imunomodulatória dos extratos brutos vegetais das espécies Davilla nitida, Eugenia speciosa e Neea theifera sobre macrófagos infectados com Leishmania infantum. Para tanto, macrófagos murinos derivados da medula óssea serão co-cultivados com forma promastigota de L. infantum. Após 6 horas, as co-culturas serão submetidas ao tratamento com os extratos brutos associados, ou não, com anfotericina B. Após 18 horas de tratamento, serão avaliados os seguintes parâmetros: índice de fagocitose, contagem de amastigotas viáveis, atividade macrofágica através da determinação de mediadores citotóxicos (óxido nítrico, peróxido de hidrogênio) e das citocinas IL-1², MIP-1±, TGF-²1, TNF-±, IFN-³, IL-10 e IL-6 em sobrenadante das culturas celulares. (AU)
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