Resumo
A incidência de câncer maligno aumentou significativamente nos últimos anos devido ao crescimento contínuo da população e ao seu envelhecimento. O tratamento do tumor geralmente consiste em uso individual ou combinado de quimioterapia, cirurgia e radioterapia, dependendo da sua etiologia. Após a radioterapia (braquiterapia ou teleterapia), algumas complicações graves podem afetar os tecidos saudáveis expostos, devido a danos moleculares inespecíficos causados pela radiação ionizante, levando a diversas manifestações desde o eritema a radionecrose. Estas complicações são mais marcadas nos tecidos que contêm células com maior atividade metabólica e de proliferação intensa, tais como mucosas e a pele. As pesquisas para a radionecrose focam em terapias que tentam de alguma forma revitalizar a ferida e impedem o progresso da deterioração da pele, porém sem uma resolução eficaz do problema. Uma alternativa promissora para tratar a radionecrose são as plataformas terapêuticas baseadas na luz, como a fotobiomodulação (PBM, anteriormente conhecida como terapia de luz de baixa intensidade ou LLLT). No entanto, tais efeitos estimuladores de células podem apresentar um fator de risco em tumores uma vez que, em teoria, poderia levar a uma maior agressividade tumoral, embora o nosso grupo tenha recentemente relatado que as células tumorais não sofrem taxas de proliferação aumentadas como visto em células não tumorais após irradiação in vitro. Por conseguinte, é digno de nota, investigar quaisquer efeitos nocivos que poderiam potencialmente emergir da PBM para os tratamentos de úlceras peritumorais em modelos in vivo. Pretendemos investigar o efeito da PBM fornecendo irradiação com Luz Visivel (Laser = 660 nm) diretamente em tumores invasivos (LNCaP) e não invasivos (PC-3) em camundongos com ou sem a inserção de sementes de iodo-125 para comparar e complementar nossos resultados preliminares feitos em camundongos atímicos sem tumor. Neste estudo, trataremos tumores experimentais de próstata (LNCaP e PC-3) com sementes de iodo (1,16 mCi) e usaremos PBM para avaliar respostas destes tumores a terapia com a luz, para tentar equalizar o tratamento braquiterápico sem os efeitos colaterais de maior magnitude como a radionecrose. (AU)
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