Parentesco e política nas redes Guarani: uma revisão dos nexos entre terminologias, classificações e práticas

• Processo: 16/22195-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2017
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2018
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
• Pesquisador responsável: Adriana Queiroz Testa
• Beneficiário: Bruno Campelo-Pereira
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Parentesco Organização social Guarani Etnologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Etnologia ameríndia | Guarani | Organização Social | Parentesco | Política | Etnologia de Povos Ameríndios

Resumo

Este projeto tem como objetivo uma revisão teórico-bibliográfica de pesquisas sobre o parentesco e a política guarani, tendo as articulações entre estas duas esferas como principal objeto de investigação. A partir dos dados etnográficos apresentados na literatura e das reflexões teóricas que deles emergem, pretende-se compreender as relações que sobressaem nas análises feitas a partir de diferentes contextos etnográficos, voltando-se para três eixos analíticos principais: as terminologias de parentesco; as regras e práticas pertinentes ao sistema de parentesco; e os modos como se relacionam o sistema de parentesco e o exercício da política. Metodologicamente, o projeto propõe uma análise comparativa de etnografias referentes aos Guarani, correntemente divididos em três subgrupos: Nhandeva, Mbya e Kaiowa. A partir disto, serão identificados pontos de convergência e de contraste entre os respectivos materiais, tanto no que se refere às problemáticas do parentesco e do exercício político, quanto às relações existentes entre essas dimensões fundamentais da organização social. Deste modo, teremos condições privilegiadas para retomar e repensar discussões etnográficas e teóricas a respeito das populações guarani nos campos do parentesco e da política, bem como colocar sob novas perspectivas um persistente pressuposto classificatório: a divisão tripartida do povo guarani, amplamente reproduzida na literatura. Tal classificação deve ser problematizada, pois, do ponto de vista das dimensões privilegiadas por este projeto, há fortes indícios de que ela não corresponde às formas de socialidade guarani tais como se apresentam. (AU)