Resumo
Nos últimos anos há um esforço mundial para caracterizar as principais alterações moleculares associadas à patogênese do melanoma. Assim, foi possível criar fármacos específicos em mecanismos de ação moleculares, com impacto na sobrevida dos pacientes. O TCGA (The Cancer Genome Atlas), que realizou a maior análise de metilação neste tipo tumoral, incluiu 80% de amostras metastáticas, o que limita o entendimento das alterações epigenéticas envolvidas na iniciação e progressão do melanoma, embora, este e outros estudos corroborem para a importância deste tipo de evento na tumorigênese, e seu possível papel como alvo molecular e biomarcador prognóstico e de resposta a tratamento. O Grupo de Pesquisa em Melanoma do Hospital de Câncer de Barretos, que atualmente realizada o whole genomic sequencing de 100 amostras (43% tumores primários e 57% metastáticos) no contexto do International Cancer Genome Consortium (ICGC), objetiva realizar o metiloma destas amostras e associar os eventos epigenéticos aos genéticos para a compreensão da história natural do melanoma. Para isto, validaremos 5 genes alvos do metiloma em 300 pacientes, sendo 100 primários, 100 metástases linfonodais e 100 metástases à distância, além de 40 nevos. Confirmaremos a regulação epigenética dos 5 genes por meio de Imunohistoquímica em Tissue Microarray (TMA). Em seguida, realizaremos a modulação do gene pela técnica de CRISPR-Cas9 (silenciamento) ou utilizando plasmídeo (superexpressão) em duas linhagens estabelecidas e uma primária de melanoma. Por fim, investigaremos se essa modulação possui impacto na capacidade tumorigênica, de proliferação, migração e invasão celular destas linhagens.
|