Questão de gênero e política da presença: um estudo sobre a exclusão política das mulheres dos espaços de poder

• Processo: 17/10043-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Vigência (Início): 01 de setembro de 2017
• Vigência (Término): 31 de maio de 2018
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Teoria Política
• Pesquisador responsável: Ingrid Cyfer
• Beneficiário: Victória dos Santos Pinheiro
• Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
• Assunto(s): Representação política Estudos de gênero Mulheres Desigualdade social Igualdade de gênero
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Estudos de Gênero | Exclusão Política | Representação Política | Representação Política

Resumo

A partir dos questionamentos da filósofa política Anne Phillips acerca dos mecanismos que buscam conferir a legitimidade de um corpo de representantes, propõe-se uma reflexão sobre a sub representação dos grupos minoritários na democracia representativa. Por meio da análise do caso brasileiro da discrepância entre a porcentagem de mulheres que pertencem ao eleitorado e a parcela ocupada no conjunto dos eleitos politicamente, é proposto um confronto com a crença liberal de que apenas indivíduos são possuidores de direito, colocando os direitos políticos de um grupo no centro da questão. Sob uma perspectiva interseccional, a política de ideias - que preza pela abolição das diferenças identitárias dentro do campo político e acredita no confronto intelectual entre cidadãos abstratos - é desafiada por uma política de presença, que acredita na diversidade enquanto uma questão também de experiências e identidades. O problema de pesquisa se fundamenta na análise dos limites dessas duas formas de representação e os desafios para um sistema político mais equânime sob uma perspectiva de gênero; e questiona: na medida em que um corpo de representantes difere completamente do conjunto de eleitores, podemos considerá-lo enquanto uma forma justa de representação? (AU)