Bolsa 17/21319-6 - Pessimismo, Filosofia antiga - BV FAPESP
Busca avançada
Ano de início
Entree

Sol, Alma e Caverna: o cerne do pessimismo da República de Platão

Processo: 17/21319-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 30 de dezembro de 2017
Data de Término da vigência: 16 de dezembro de 2018
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Lucas Angioni
Beneficiário:Natalia Costa Rugnitz
Supervisor: Klaus Corcilius
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Eberhard Karls Universität Tübingen, Alemanha  
Vinculado à bolsa:13/26800-3 - Psicologia, Moral e Pessimismo na República de Platão, BP.DR
Assunto(s):Pessimismo   Filosofia antiga   Utopia   Virtude   Felicidade   Conhecimento
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Conhecimento | Felicidade | Pessimismo | utopia | virtude | Filosofia Antiga

Resumo

Consideraremos a descrição da natureza, do funcionamento, das faculdades e, em especial, das limitações da alma humana tal como Platão as exprime em República. Nesse contexto, destacaremos que (a) a teoria da alma tripartida (Rep. IV 436a et seq.) apresenta uma série de obstáculos que a razão enfrenta para levar a termo exitosamente sua função própria, em particular os relacionados ao elemento apetitivo enquanto fonte "externa" (à razão) inesgotável e em ampla medida incontrolável e imodificável de impulsos irracionais e, com eles, de conflito e fragmentação psíquica. Destacaremos, nesta linha, que (b) a alegoria da caverna (Rep. VII 514a et seq.), quando lida junto ao símile do sol (Rep. VI 504c et seq.) e da linha (rep. VI 599d et seq.), oferece maior evidência de tais obstáculos, enquanto sugere uma dificuldade "interna" da inteligência para se voltar na direção do domínio inteligível, em particular do máximo objeto de conhecimento: a Ideia do Bem, assim como uma espécie de estranhamento do inteligível mesmo em relação à inteligência. Dada a estreita conexão entre conhecimento, virtude e felicidade, e considerando (a) e (b), concluiremos que (T1) na mesma medida na qual a inteligência é inatingível, a ação moral genuína e a felicidade verdadeira se subtraem do alcance do homem corrente e que, sendo assim, (T2) a República é uma obra marcada por um profundo pessimismo: um pessimismo de ascendência psicológica e epistemológica que se encontra em notável contraste com a qualidade utópica do diálogo como um todo e que possui importantes consequências sobre a teoria moral ali avançada. Com o fim de defender T1 e T2 e mostrar de que maneira utopia e pessimismo contrastam em República, realizaremos uma análise crítica dos Livros IV a VII.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)