Resumo
O projeto de edifícios de saúde é caracterizado por grande complexidade, uma vez que é fundamental assegurar funcionalidade e eficiência operacional à edificação. Para que isso ocorra, é necessário um amplo conhecimento em relação à dinâmica de atividades que nele ocorre. Entretanto, os arquitetos, de modo geral, não possuem profundo conhecimento acerca dessas atividades. Diante disso, a literatura indica o potencial envolvimento de usuários no processo de projeto de edifícios de assistência à saúde para garantir a compatibilização entre o projeto do espaço físico e os serviços prestados. Em vista disso, esta pesquisa tem como base de estudo o nível de co-design, o qual considera o envolvimento efetivo do usuário e apresenta grande potencialidade em fornecer benefícios relevantes no processo de projeto. Assim, busca-se elencar quais são os possíveis instrumentos capazes de viabilizar o co-design, com o objetivo de agregar ao projeto os conhecimentos relativos à própria utilização da edificação e, dessa forma, assegurar a qualidade dos serviços prestados em favor do atendimento da população. Além disso, pretende-se aprofundar o estudo relativo às diferentes categorias de usuários presentes nesses edifícios - sobretudo, aqueles que são responsáveis por proverem os serviços, como médicos e enfermeiros e os que se beneficiam dos serviços prestados por eles, no caso os pacientes - uma vez que o entendimento da dinâmica existente entre eles, relativa às atividades inerentes aos edifícios de assistência à saúde, é imprescindível para o desenvolvimento de uma linguagem comum objetivando a concepção em conjunto de um projeto que atenda as demandas existentes. (AU)
|