Bolsa 17/13092-1 - Relações internacionais, Política externa do Brasil - BV FAPESP
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Política africana das multinacionais brasileiras: a Odebrecht em Angola, 2002-2017

Processo: 17/13092-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2018
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2021
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
Pesquisador responsável:Maria Hermínia Brandão Tavares de Almeida
Beneficiário:Mathias Jourdain de Alencastro
Instituição Sede: Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):19/00844-0 - A política das multinacionais brasileiras na África: a Vale em Moçambique, BE.EP.PD
Assunto(s):Relações internacionais   Política externa do Brasil   Empresas multinacionais   Brasil   Angola
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ciência Política | Política Africana | Relações Brasil-África | Relações entre estados e empresas multinacionais | Relações internacionais | Política Externa Brasileira

Resumo

Este projeto tem por objetivo mostrar como a Odebrecht participou na reconstrução do Estado angolano. Para tanto, o projeto explora a trajetória política da Odebrecht em Angola, entre o término da guerra civil angolana, em 2002, e a retirada do Presidente angolano José Eduardo dos Santos em 2017, que marca o fim de um ciclo politico e econômico que interessa este projeto. Buscando suprir lacunas sobre a economia política das empresas brasileiras, raramente analisadas sob o prisma dos Estados receptores, o projeto recorre à literatura de História Econômica e Ciências Políticas sobre a formação do Estado africano, e o papel dos agentes não-estatais nesse processo, inclusive as multinacionais. Baseado em material inédito, coletado em Angola ao longo cinco anos de pesquisa e completado por entrevistas e consulta de arquivos que serão conduzidas no Brasil, sustentamos que a Odebrecht desenvolveu uma relação com Angola que ia muito além da busca por rendimentos e lucros. No contexto de uma relação mutualmente constitutiva, o Presidente José Eduardo dos Santos recorreu à Odebrecht para atingir um duplo objetivo: a consolidação da sua base política, através da inclusão de membros da elite angolana em projetos liderados pela empresa, e da execução de tarefas que o Estado, rico mas desprovido de capacidade técnica e humana, era incapaz de desempenhar. O projeto oferece uma abordagem original das relações entre Brasil e África, com foco no setor privado e na perspectiva africana, que é de relevância para leitores interessados na política e na economia política das relações entre Brasil e África, do setor privado brasileiro, e das relações das multinacionais com países em desenvolvimento. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
DYE, BARNABY JOSEPH; ALENCASTRO, MATHIAS. Debunking Brazilian Exceptionalism in its Africa Relations: Evidence from Angola and Tanzania. GLOBAL SOCIETY, v. 34, n. 4, p. 22-pg., . (17/13092-1)
DYE, BARNABY JOSEPH; ALENCASTRO, MATHIAS. Debunking Brazilian Exceptionalism in its Africa Relations: Evidence from Angola and Tanzania. GLOBAL SOCIETY, . (17/13092-1)
ALENCASTRO, MATHIAS. State?Diamond-Sector Relations in Angola, 1912?2002. JOURNAL OF SOUTHERN AFRICAN STUDIES, v. 45, n. 5, p. 805-820, . (17/13092-1)

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