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O que se quer (contra)dizer?: gênero, sexualidade e política em grafites de centros urbanos e históricos: um estudo de Roma, Itália

Processo: 18/03579-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 01 de agosto de 2018
Vigência (Término): 31 de janeiro de 2019
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Viviane Melo de Mendonça Magro
Beneficiário:Viviane Melo de Mendonça Magro
Pesquisador Anfitrião: Antonella Romano
Instituição Sede: Centro de Ciências Humanas e Biológicas (CCHB). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Sorocaba , SP, Brasil
Local de pesquisa: Università degli Studi di Roma La Sapienza, Itália  
Assunto(s):Grafite   Apropriação social   Relações de gênero   Estudos de gênero   Sexualidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:arte de rua | Centros urbanos e históricos | Gênero | grafite | práticas discursivas | Sexualidade | Sociais e Humanidades

Resumo

A análise de grafites, caracterizados por pinturas, desenhos, pichações, lambe-lambe, adesivos e estêncil que estão inscritos na paisagem urbana, tem permitido a compreensão da diversidade cultural que compõe os centros urbanos, a relação afetiva e política das pessoas com a cidade e a produção de suas (micro)territorialidades. Partindo desta premissa, levanta-se a questão sobre a relação entre gênero, sexualidade e política e o urbanismo contemporâneo, assim como a participação de sujeitos na cidade, o direito à cidade e a apropriação de suas estruturas urbanísticas-arquitetônicas. O que se interroga são sobre modos de subjetivação específicos e de posicionalidades críticas à política dominante sexista de gênero e da heteronormatividade diante de um projeto urbanístico excludente; e se os discursos produzidos pelos grafites urbanos podem ser lidos como micropráticas cotidianas do espaço vivido que, em suas técnicas variadas, desvelam as apropriações diversas do espaço urbano, que marcam territórios e afirmam diferencas. A proposta deste projeto de pesquisa é analisar a comunicação discursiva de grafites urbanos com temas sobre mulheres, feminismos, gênero e sexualidade que foram inscritos em vias de circulação e construções públicas e privadas no centro urbano e histórico da cidade de Roma, Itália. Os fundamentos teórico-metodológicos são os estudos feministas contemporâneos, - neomaterialistas e pós-coloniais - e a abordagem de comunicação discursiva dialógica de Mikhail Bakhtin e seu Círculo, em diálogo com a psicologia social e a perspectiva histórico-urbanística e histórico-arquitetônica. Será produzido um mapa geolocalizado dos grafites em prédios, monumentos históricos, placas e muros no centro urbano de Roma; e, em seguida, serão analisadas dialogicamente as práticas discursivas dos grafites. Posteriormente, pretende-se realizar outras investigações, diálogos dos resultados encontrados e análises em centros urbanos e/ou históricos brasileiros e de outras cidades da Europa e América Latina. A escolha pelo centro de Roma se justifica pela reconhecimeneto deste território como espaço de manifestação de arte urbana e contemporânea, bem como da arte e humanidades em geral, além de ser a Itália considerada uma das origens históricas do gênero discursivo grafite (ou graffito). Compreende-se também o centro urbano de Roma como um importante território de manifestações sociais e políticas da história em geral e da Itália, em particular, incluindo os das reivindicações feministas, de gênero e da diversidade sexual. A pesquisa, que é de natureza interdisciplinar, será realizada junto ao Dipartimento di Storia, Disegno e Restauro Dell'architettura da Universitá Sapienza di Roma.

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
VIVIANE MELO DE MENDONÇA. GRAFITES QUE (CONTRA)DIZEM: GÊNEROS E SEXUALIDADES NA POLIFONIA DA CENA URBANA. Psicologia & Sociedade, v. 32, . (18/03579-3)

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