Resumo
Numerosos estudos demonstraram que o tecido ósseo é um órgão endócrino confiável interconectado com os demais, submetidos a uma homeostase fisiológica, por meio de um crosstalk efetivo entre um repertório de células. Localmente, sabemos que a osteogênese é essencial para o turnover ósseo, bem como a consolidação da fratura através de mecanismos regenerativos; e que esses processos geralmente diminuem com o avanço da idade, levando à perda óssea e ao aumento da incidência de fraturas em pessoas idosas. Com base na estatística epidemiológica, os defeitos ósseos foram alcançados como um problema de saúde pública, uma vez que a expectativa de vida da população de todo o mundo aumenta significativamente. Assim, as estratégias para orientar a reconstrução do tecido perdido é um grande desafio para os cirurgiões da área, muitas vezes exigindo a aplicação de tecido extra-local ou um biomaterial artificial que permita o reparo funcional. Apesar de sua importância médica, social e econômica, pouco progresso tem sido feito em relação às metodologias de bioensaio capazes de classificar novas terapias, talvez porque há poucas informações sobre o crosstalk entre as células ósseas e endoteliais recapitulando o rastro molecular envolvido com a diferenciação osteoblástica do mesênquima. Células-tronco, principalmente considerando o mecanismo epigenético que governa este processo. Nesse sentido, sabemos agora que o desenvolvimento e a regeneração óssea são complexos, orquestrados por mecanismos parácrinos de eventos de células endoteliais mediados por sinalização intercelular, com osteogênese intimamente ligada à angiogênese.Com apoio financeiro decisivo da FAPESP (2014 / 22689-3), foi possível consolidar um novo grupo de pesquisa em biologia óssea no Departamento de Química e Bioquímica, IBB, UNESP, Botucatu-SP, onde resultados muito interessantes foram alcançados e muito recentemente, um ponto de partida foi feito em relação à modulação epigenética no metabolismo de osteoblastos, respondendo a fatores tróficos de células endoteliais (BEPE: 2017/01046-5), considerando a metilação do DNA e o envolvimento de RNA não-codificante. No entanto, para ter um mecanismo epigenético global envolvido nessa contextualização, um importante campo de regulação epigenética ainda não foi explorado; Precisamos considerar o efeito de fatores parácrinos na regulação da expressão genética promovida pelas modificações pós-transcricionais das histonas e procuramos explorar agora com essa proposta. Para desenvolver este programa, entramos em contato com o Prof. Martín Alejandro Montecino Leonard, que é especialista no mundo amplo das estruturas celulares epigenéticas. Um ingrediente importante a considerar para o sucesso desta parceria é a proximidade entre o Brasil e o Chile, proporcionando a oportunidade de acelerar o intercâmbio de conhecimentos e alunos entre os grupos. (AU)
|