Pesquisa e Inovação: Desenvolvimento e caracterização de medicamento de base nanotecnológica, alvo-dirigido, para tratamento de Leishmaniose
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Desenvolvimento e caracterização de medicamento de base nanotecnológica, alvo-dirigido, para tratamento de Leishmaniose

Processo: 18/11584-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2018
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2020
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Farmacotecnia
Pesquisador responsável:Franciane Marquele de Oliveira
Beneficiário:Franciane Marquele de Oliveira
Empresa:Eleve Science Pesquisa e Desenvolvimento Ltda
CNAE: Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e naturais
Vinculado ao auxílio:17/22888-4 - Desenvolvimento e caracterização de medicamento de base nanotecnológica, alvo-dirigido, para tratamento de Leishmaniose, AP.PIPE
Assunto(s):Tecnologia farmacêutica   Nanotecnologia   Anfotericina B   Carreadores lipídicos nanoestruturados   Doenças negligenciadas   Leishmaniose
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anfotericina | carreador lipídico nanoestruturado | doença negligenciada | Leishmaniose | Nanotecnologia | Tecnologia Farmacêutica

Resumo

A Leishmaniose trata-se de um grupo de doenças tropicais causada por diversas espécies de parasitas protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. Dados da WHO mostram que a Leishmaniose atinge 12 milhões de pessoas em 88 países por todo o mundo com cerca de 1,3 milhões de novos casos anualmente. O tratamento contra a Leishmaniose é baseado em antimoniais pentavalentes, principalmente em estibogluconato de sódio (Pentostam®) e N-metilglucamina antimoniato (Glucantime®), os quais são utilizados desde 1940. Em casos resistentes, outros fármacos, tais como pentamidina, anfotericina B e paromomicina foram relatados como uma segunda opção, não obstante a sua elevada toxicidade. Estes fármacos são administrados por via parenteral, em esquemas posológicos prolongados (no mínimo 20 dias), são tóxicos e nem sempre efetivos, levando a um tratamento ineficaz. Adicionalmente, relata-se a resistência das cepas, presença de outras doenças associadas e principalmente a baixa seletividade. O desenvolvimento de um novo antiparasitário constitui-se num desafio científico e tecnológico, especialmente pelo fato do mesmo precisar ser capaz de atingir a Leishmania dentro do fagolisossoma dos macrófagos infectados que ora podem estar na camada dérmica da pele profunda no caso da Leishmaniose Tegumentar Americana ora nas células do fígado, baço na Leishmaniose Visceral (LV). Em vista da gama de aplicabilidade e sucesso que os sistemas nanoestruturados podem trazer para diversos tratamentos, há diversos relatos da sua aplicação inclusive para a Leishmaniose. Diferentes estudos têm relatado a importância de carreadores baseados em lipídeos, tais como Nanopartículas Lipídicas Sólidas (NLS) e Carreadores Lipídicos Nanoestruturados (CLN) devido às diversas vantagens que são inerentes aos sistemas nanoparticulados em geral, como promoção da estabilidade de fármacos, liberação controlada, adicionadas de propriedades peculiares como (i) segurança; (ii) incorporação de fármacos tanto lipofílicos como hidrofílicos; (iii) escalonamento industrial, e em especial (iv) transporte pelo sistema linfático após administração oral, promovendo absorção defármacos. Adicionalmente, é ainda importante salientar a possibilidade de obtenção de sistemas direcionados ao tecido infectado através da modulação da sua composição. Neste cenário, surge a possibilidade de empregarmos Sistemas Lipídicos Nanoparticulados (NLS e CLN) como uma alternativa plausível para promover a absorção da Anf B administrada por via oral para tratamento da LV ou via tópica para tratamento da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) com controle de liberação. Acreditamos que a obtenção de nanomedicamentos com aplicação tópica e por via oral se caracterizam como uma proposta altamente promissora e que poderá proporcionar muitos benefícios para os pacientes portadores de Leishmaniose. Assim, a administração oral e/ou tópica de Anf B é uma ideia atraente, uma vez que tem o potencial de eliminar a toxicidade aguda associada com a administração do fármaco por via endovenosa, reduzir e controlar os efeitos colaterais subagudos (toxicidaderenal), diminuir substancialmente os custos associados ao o tratamento, melhorar a qualidade de vida para os doentes, além de permitir que a terapia alcance nações em desenvolvimento. (AU)

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